Grande escritor da primeira metade do século XVIII, Luc de Carpies, marquês de Vauvenargues, meditou sobre as obras de Plutarco e voltou-se para as máximas, os aforismos, com que se costuma criticar os defeitos humanos, e se antecipa aos caminhos que levariam ao movimento romântico, trazendo ainda o hábito e o gosto da literatura psicológica do século XVII, da análise dos sentimentos, imerso que está no pensamento do século XVIII iluminista, haja vista sua grande admiração por Voltaire. Esse escritor apresenta uma visão mais moderna de seu tempo, a qual logo depois seria expressa por Rousseau, ao abrir a estrada ao Eu e a uma felicidade trazida sobretudo pelo sentimento de sua própria existência . Uma frase de Vauvenargues ilumina a visão moderna que estava por vir: "Nossas paixões não são distintas de nós mesmos; há entre elas as que são todo o fundamento e toda a substância de nossa alma".
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Nos textos que compõem esta obra, Jürgen Habermas analisa a relação entre teoria e práxis no contexto das sociedades modernas, surgidas do desenvolvimento de uma “civilização cientifizada”. Com base na perspectiva dessa relação, ele examina criticamente os efeitos colaterais reificantes da racionalização social sobre o cotidiano dos sujeitos.
Em sua maioria, os textos que compõem este livro já haviam sido publicados, em outras formas e outras versões, em várias partes do mundo. Revelam, contudo, forte unidade filosófica, a qual passa essencialmente pelos seguintes pontos: um naturalismo aberto, encarando o homem como parte da natureza e nessa condição procurando compreendê-lo e explicá-lo, sem se autolimitar quanto à natureza dos recursos que a essa empresa possam interessar, desde os dados das ciências naturais à analise lógica, um realismo não metafísico, ao mesmo tempo consciente de sua distância em relação ao realismo ingênuo (incluído as ingenuidades do realismo científico) e ciente do papel pragmático do realismo de senso comum; um evolucionismo moderado, que aceita a necessidade de procurar muito do há a explicar acerca dos sistemas vivos em sua história evolutiva, mas não cede a tentação de pretender que essa via seja garante de qualquer explicação em concreto e finalmente uma metafísica prudente, que não se deixa dominar pela ambição de tentar descobrir a natureza última da realidade.
Como a fantasia está presente na arte? Em Mito e magia estão reunidos artigos e ensaios que refletem sobre o papel dos elementos fantásticos na literatura, na pintura e em outras manifestações culturais. Assim, a obra desvela a importância dos contos de fadas, das fábulas e das narrativas ficcionais que fazem uso do mítico para contar suas histórias.
Esta é a tão esperada terceira edição da excepcional coletânea de ensaios de Chomsky sobre a linguagem e a mente. Os primeiros seis capítulos, publicados originalmente na década de 1960, significaram uma contribuição revolucionária para a teoria lingüística. Esta nova edição complementa-os com um capítulo adicional e um novo prefácio, trazendo para o século XXI a influente abordagem de Chomsky.
Esta edição de 'Os Analecto's procura resgatar o pensamento original de Confúcio, queviveu entre 551 e 479 a. C.e ainda hoje influencia a sociedade chinesa. Com tal objetivo, a obra foi traduzida, de forma pioneira, diretamente do chinês arcaico para o português, e inclui os comentários clássicos acerca dos aforismos.Esses comentários não constam das edições em português, embora sejam guias obrigatórios para todos os leitores chineses: escritos há vários séculos e em diferentes épocas, são fundamentais para a compreensão dos aforismos. Complexos até mesmo para leitores já versados em Confúcio, esses pequenos textos, sobre os quais cabem olhares múltiplos, contemplam diversas possibilidades semânticas, como demonstram as diferentes interpretações dos próprios comentadores tradicionais. Os comentários que integram esta obra foram cuidadosamente compilados de fontes variadas pelo tradutor, Giorgio Sinedino, adido cultural da Embaixada Brasileira em Pequim, e, ainda, adaptados, de modo a facilitar a compreensão pelo leitor contemporâneo. Também para tornar a leitura mais fluente, foram editados na sequência dos aforismos, e não em notas de rodapé.'Os Analectos', livro que condensa as idéias de Confúcio, representam uma visão de mundo e uma espécie de código ético e de conduta que foi fundamental para a vida familiar e pública na China antiga e continua presente em vários aspectos da sociedade chinesa de nossos dias.Segundo alguns, a atualidade da obra é atestada inclusive pela pujança contemporânea da China. Essa afirmação é abraçada por Sinedino, que identifica no pensamento de Confúcio a defesa da livre competição, algo visível na microeconomia chinesa. Para ele, inclusive, ''a liderança da economia pelo estado na China não se deve ao comunismo, mas ao confucionismo''.