UM ESTUDO SOBRE A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Neste livro, analisam-se aspectos do pensamento da pesquisadora Emilia Ferreiro sobre alfabetização, com ênfase em suas concepções a respeito do processo de construção do conhecimento da língua escrita, por parte de crianças, que resultam de sua pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita fundamentada na Epistemologia Genética de Jean Piaget e na Psicolingüística de Noam Chomsky e que tiveram significativa repercussão em nosso país, a partir de meados dos anos de 1980. O tema é abordado de uma perspectiva histórica, por meio da utilização de procedimentos de localização, reunião e ordenação da bibliografia disponível de e sobre Emilia Ferreiro e da análise da configuração textual do livro Psicogênese da língua escrita. A pesquisa propiciou tanto uma avaliação mais precisa da importância e do significado do pensamento dessa pesquisadora quanto à constatação de que a matriz invariante de seu pensamento encontra-se no livro analisado.
Autor deste livro.
A abordagem de um passado recente da alfabetização no país no livro Lourenço Filho e a alfabetização, de Estela Natalina Mantovani Bertoletti, contribui para o debate de problemas atuais das escolas públicas como os altos índices de evasão e repetências de alunos da primeira série do Ensino Fundamental. A Cartilha do Povo, publicada pela primeira vez em 1928 e utilizada por mais de seis décadas como instrumento de alfabetização nas escolas brasileiras, e a cartilha Upa, cavalinho!, publicada de 1957 a 1970, ambas idealizadas pelo educador Manuel Bergström Lourenço Filho (1897-1970), são os objetos de estudo de Estela. Para a autora, as cartilhas de alfabetização continuam a exercer um papel "mediador" e "concretizador" de teorias e métodos da alfabetização nas salas de aula das escolas brasileiras, em dissonância com as teorias atuais de alfabetização, como o construtivismo, que combatem e pretendem superar esse instrumento.
Berta Braslavsky relata a experiência de um projeto educacional pioneiro desenvolvido na região de Buenos Aires. Sua questão central é o papel desempenhado pela escola na alfabetização inicial. Fundamentando-se na psicologia sócio-histórico-cultural de Vigotsky, tal experiência desenvolveu um paradigma didático que revalorizou as funções da instituição. Contrariando os teóricos da desescolarização, o projeto educacional em questão mostra como a escola deve recuperar sua missão histórica de democratização da cultura.
Em um percurso no qual se entrelaçam debates teóricos e metodológicos sobre alfabetização, Mortatti destaca o problema do método como objeto de estudo privilegiado da reflexão pedagógica no Brasil. Essa escolha serve de eixo a uma reconstrução da história da alfabetização, que vai do aparecimento da Cartilha maternal (1876) às pesquisas sobre psicogênese e ontogênese da língua efetuadas nos anos 1980.
Este livro debruça-se sobre a feminização da profissão de professora, buscando compreender como as pioneiras da profissão (São Paulo - fins do século XIX até a década de 1930) desafiaram as estruturas de desigualdade social e conquistaram um espaço de trabalho que se constitui espaço essencialmente feminino, cruzando definitivamente seus destinos com a Educação.
Este livro evidencia que o pensamento educacional de Paulo Freire permanece vivo entre os educadores, tanto em seus discursos como nas suas práticas cotidianas escolares. Mostra como o educador-educando, comprometido com o processo de ensinar-aprender, deve evitar, ao máximo, a existência de situações de discriminação e exclusão social. A autora defende as vantagens da existência de uma educação escolar crítica, com crianças, jovens ou adultos. Constata ainda a atualidade do pensamento educacional de Paulo Freire, revela que a exclusão social continua presente nas escolas e valoriza as práticas pedagógicas que viabilizam a inclusão educacional.