REPRESENTAÇÃO E HISTÓRIA
No início do século XX, a zona Araraquarense (atual Noroeste Paulista) passou por um grande desenvolvimento econômico, cultural e social, em virtude do fluxo de imigrações, o que mudou em pouco tempo os padrões daquela sociedade. Em meio a esse turbilhão, passaram a circular diversos jornais produzidos regionalmente, que retrataram todas as novidades desse período e os estilos de vida que emergiam. Com base nesses textos antigos, duas importantes temáticas foram pesquisadas e tratadas nesta obra: a contraditória apropriação feminina dos espaços públicos, que naqueles tempos ganhava grande publicidade, e a preservação da educação, assistência e ordenação das crianças do sertão.
Autor deste livro.
Analisa a participação política feminina no Brasil, verificando como a mulher conquistou seu direito à cidadania e as diversas maneiras que ela encontrou para progressivamente ocupar espaço nos canais de poder na administração pública federal, no poder judiciário, no ministério público, nos movimentos sociais e no poder executivo municipal, estadual e federal. O livro derruba o mito de que o sexo feminino não se interessa por política e alerta para a necessidade de diferenciar a mulher que se envolve ativamente na política partidária daquela que tem consciência feminista. 2ª edição - revista e ampliada.
Primeira publicação que narra a história do movimento surgido na França, agrupado em torno da revista dos Annales. Ao dar estatuto de objeto de análise histórica a dimensões da vida privada, a Escola dos Annales abriu uma terceira via ao estudo da história, distanciando-se tanto da historiografia marxista quanto da história factual-biográfica. Peter Burke esclarece as coordenadas dessa refundação do método histórico analisando seus fundadores, Lucien Febvre e Marc Bloch, passando ainda por Fernand Braudel, Georges Duby, Jacques Le Goff e Le Roy Ladurie.
Jürgen Habermas examina neste livro o “complexo” que segundo ele descansa sob a expressão “esfera pública”. Para ele, pode-se esperar, ao compreender tal conceito e submetê-lo a esclarecimento sociológico, apreender de modo sistemático a própria sociedade. “A esfera pública”, diz o filósofo, “continua a ser um princípio organizador de nossa ordem política”.
O autor Gilberto Dupas é um dos principais estudiosos das lógicas e efeitos do capitalismo global e volta ao tema da globalização nesta obra, onde aborda os destinos da humanidade, tratando de suas incursões na filosofia, na política, na economia e apontando os impasses gerados nessa nova ordem global. Aborda a assimetria entre os poderes que os principais atores econômicos, políticos e sociais exercem sobre a nova ordem global e caracteriza as instabilidades e os impasses na formulação de modelos consistentes de equilíbrio e governabilidade sistêmica para a primeira metade do século XXI.
Nas duas últimas décadas, o campo dos estudos históricos sobre a escravidão ampliou-se de forma significativa, de maneira que variadas e complexas experiências históricas da escravidão têm sido recuperadas pela historiografia. Neste contexto, o presente estudo trata do universo de parte da gente negra da província da Paraíba, notadamente de mulheres e homens escravizados e não-escravizados, examinando o batismo e as relações parentais estabelecidas no decorrer do século XIX, com o objetivo de compreender como as pessoas negras -- escravizadas e livres -- (re)organizaram suas vidas familiares, observando as diferentes conjunturas econômicas dos Oitocentos, que resultaram na diminuição da população cativa e no aumento dos "pretos livres", assim como em suas estratégias para o estabelecimento de vínculos parentais.