POPULAÇÃO, FAMÍLIA E PARENTESCO ESPIRITUAL
Nas duas últimas décadas, o campo dos estudos históricos sobre a escravidão ampliou-se de forma significativa, de maneira que variadas e complexas experiências históricas da escravidão têm sido recuperadas pela historiografia. Neste contexto, o presente estudo trata do universo de parte da gente negra da província da Paraíba, notadamente de mulheres e homens escravizados e não-escravizados, examinando o batismo e as relações parentais estabelecidas no decorrer do século XIX, com o objetivo de compreender como as pessoas negras -- escravizadas e livres -- (re)organizaram suas vidas familiares, observando as diferentes conjunturas econômicas dos Oitocentos, que resultaram na diminuição da população cativa e no aumento dos "pretos livres", assim como em suas estratégias para o estabelecimento de vínculos parentais.
Autor deste livro.
Nesta obra, as autoras procuram elucidar as contribuições recíprocas entre as Ciências Sociais, em particular a Sociologia, e os estudos de gênero, que floresceram em especial na França contemporânea. Para isso, elas selecionaram um conjunto de autores consagrados e formados nos programas de Ciências Sociais e propuseram a um grupo de especialistas em tais autores que os questionassem acerca de um conjunto de problemas comuns. O objetivo, alcançado, era esclarecer, fazer um exame crítico e tornar acessível, principalmente a estudantes e professores, a forma como a questão de gênero aparece em obras de pensadores como Lévi-Strauss, Durkheim, Crozier, Touraine, Latour, Marx, Engels, Foucault, Arendt, Adorno, Comte, entre vários outros.
Centrado inicialmente na análise de pensadores do século XIX, este livro proporciona instrumentos decisivos para a análise de questões muito contemporâneas, como as dificuldades encontradas pelas correntes intelectuais progressistas, leigas ou confessionais, quando se vêem diante da tradição totalitária.
Pelo seu próprio papel questionador dos contextos sociais em que todo ser humano está inserido, a sociologia é uma ciência que recebe as mais diversas críticas, sendo acusada, por exemplo, de alienação de sérios problemas sociais ou de tratá-los de maneira excessivamente abrangente ao se valer de outras áreas do conhecimento. Nesta coletânea de artigos, Giddens, professor titular de Sociologia na Universidade de Cambridge, Inglaterra, sai em defesa de seu campo de conhecimento. Explica o que vem a ser uma ciência social e analisa as obras de Augusto Comte e Jürgen Habermas, entre outros sociólogos de renome.
Livro que leva o título da conferência, seguida de debate, realizada no Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica (INRA), pode ser classificado como uma sociologia da produção científica que se vale da teoria dos campos sociais, para discutir questões relevantes. O autor acredita que a luta pela "verdade" científica no interior do campo é um jogo de lucros e perdas e que os "campos científicos" são o espaço de confronto necessário entre duas formas de poder que correspondem a duas espécies de capital científico: o social (ligado à ocupação de posições importantes nas instituições científicas) e o específico (que repousa sobre o reconhecimento pelos pares, também o mais exposto à contestação). Sob sua ótica, essas contradições podem ser ultrapassadas com a sociologia da ciência.
Os 14 ensaios que constituem esta obra, a 12ª da série Pequenos escritos políticos, contribuem para o reconhecimento de Jürgen Habermas como intelectual público no Brasil. No país, a maior parte de suas análises da conjuntura social e política e avaliações sobre o estado da democracia na Europa ou no mundo permanecem praticamente desconhecidas do público, principalmente por estarem disponíveis apenas em alemão.