2ª EDIÇÃO, REVISTA E AUMENTADA - 1ª EDIÇÃO BRASILEIRA
Este livro traz alterações que atingem proporções relevantes para a compreensão da filosofia de Hume. O autor elimina todas as referências ao raciocínio indutivo, às referências indutivas ou simplesmente à indução, referindo-se a ela somente ao tratar de filósofos que explicitamente tratam o tema, desde Bacon até Quine.
Autor de 2 livros disponíveis em nosso catálogo.
Em sua maioria, os textos que compõem este livro já haviam sido publicados, em outras formas e outras versões, em várias partes do mundo. Revelam, contudo, forte unidade filosófica, a qual passa essencialmente pelos seguintes pontos: um naturalismo aberto, encarando o homem como parte da natureza e nessa condição procurando compreendê-lo e explicá-lo, sem se autolimitar quanto à natureza dos recursos que a essa empresa possam interessar, desde os dados das ciências naturais à analise lógica, um realismo não metafísico, ao mesmo tempo consciente de sua distância em relação ao realismo ingênuo (incluído as ingenuidades do realismo científico) e ciente do papel pragmático do realismo de senso comum; um evolucionismo moderado, que aceita a necessidade de procurar muito do há a explicar acerca dos sistemas vivos em sua história evolutiva, mas não cede a tentação de pretender que essa via seja garante de qualquer explicação em concreto e finalmente uma metafísica prudente, que não se deixa dominar pela ambição de tentar descobrir a natureza última da realidade.
Este livro constitui o que poderíamos tomar como uma seleção de autores e posições básicas e inevitáveis na teoria do conhecimento tradicional, embora possuindo capítulos mais centrados em determinados autores, e outros mais propriamente conceituais. Esse é o caso dos três primeiros capítulos, que entram diretamente em discussões analíticas a partir de elaborações contemporâneas, como o problema de Gettier, antecipado por Russell em seu livro Os problemas da filosofia (de 1912). Entretanto, os capítulos 4 a 7 retornam a uma apresentação mais histórica, embora não exatamente como uma mera exposição das doutrinas de Descartes (racionalismo), de Hume (empirismo britânico), de Kant (filosofia crítica) e do positivismo lógico do Círculo de Viena (em especial de Rudolf Carnap).
As relações entre Jean Piaget (1896-1980) e os filósofos nem sempre foram pacíficas. Nesta sugestiva e harmoniosa reunião de textos, Barbara Freitag, conhecida socióloga alemã e freqüente colaboradora das universidades brasileiras, examina a obra do criador do Centro de Epistemologia Genética de Genebra, à luz do grande racionalismo ocidental. Os pensadores aqui examinados são Rousseau, Kant e Habermas. Do desenho que se traça de Piaget como antigo filósofo e de Piaget como futuro filósofo, o que acaba sobressaindo, em meio às tendências irracionalistas correntes, é um claro perfil de Piaget como filósofo, com o que o presente livro se revela um importante instrumento crítico para a reavaliação das numerosas "leituras" de Piaget que se fazem no Brasil.
Os artigos que compõem esta coletânea foram publicados entre 1969 e 2005, e têm uma temática persistente: a da vida cotidiana e comum que a filosofia não pode nem deve trair se não quer converter-se em mero jogo de palavras. Para o autor, o pirronismo repensado e rearticulado conforme a linguagem e os problemas filosóficos da contemporaneidade, preserva, no entanto, total consonância com a inspiração original do pirronismo histórico e a mensagem da Sképsis grega continua plenamente atual, respondendo às necessidades filosóficas também de nosso tempo. São abordados: o conflito das filosofias, a filosofia e a visão comum do mundo, oceticismo e o mundo exterior, o ceticismo e a argumentação, a verdade, o realismo e o ceticismo, o ceticismo pirrônico e os problemas filosóficos,a autocrítica da razão no mundo antigo,o empirismo e o ceticismoe o argumento da loucura.
Há muitas maneiras de enxergar o mundo que nos cerca. Entre o objeto em si mesmo e aquilo que nós vemos existe uma imensa distância, motivada pela complexidade dos níveis neuronais e moleculares - em parte conhecidos pela psicofisiologia e pela neurobiologia - e também por variações psicológicas e filosóficas. Neste livro, o autor, professor de Filosofia e História das Ciências na Faculdade de Medicina Necker, em Paris, propõe a biofilosofia como o caminho para que a biologia moderna reflita sobre as grandes questões da condição humana, entre elas, a capacidade do conhecimento daquilo que chamamos de realidade.