A HAGIOGRAFIA À LUZ DO IMAGINÁRIO SOCIAL
O livro debruça-se sobre a hagiografia na Hispânia da alta Idade Média, mais especificamente a Vita Sancti Fructuosi, escrita supostamente por Valério de Bierzo, no século VII, e seu ideal de eremitismo, bem como sua prograganda de tal idéia e possíveis razões, o ambiente sociocultural e religioso da época e da região, modelos anteriores de hagiografia e de eremistimo. Dialoga com filólogos e historiadores que se dedicaram ou sobre a obra analisada, ou sobre o tema, em especial nas questões propriamente históricas: o eremitismo e o monarquismo no Ocidente e seu modelo oriental; o ambiente político e sua influência na comunidade que o cerca; a relação conflituosa entre igreja secular e monarquismo.
Autor deste livro.
Esta obra apresenta oito ensaios que constituem uma história cultural em busca de textos, crenças e gestos aptos a caracterizar a cultura popular tal como ela existia na sociedade francesa entre a Idade Média e a Revolução. O intelectual francês mostra que a cultura escrita influencia mesmo aqueles que não produzem ou lêem textos, mas interagem com eles. Ao revisitar a chamada Biblioteca Azul, coleção de livros acessíveis vendidos por ambulantes (romances de cavalaria, contos de fada, livros de devoção), além de documentos próprios da chamada "religião popular" e textos sobre temas que se dirigem a um público geral, como a cultura folclórica, o autor enfoca as tênues fronteiras entre a chamada cultura erudita e a popular e mostra como se ligam duas histórias: da leitura e dos objetos de leitura.
Estudo básico sobre Cláudio Manuel da Costa. O autor elabora uma avaliação precisa do contexto literário arcádico no país e uma análise original da obra do poeta mineiro.
Prova que a literatura popular existe sem formato de livro. É o resultado de três anos de coleta de relatos orais no Pantanal sul-matogrossense, quando foram ouvidas 27 pessoas em mais de 50 horas de gravação. Valoriza a cultura, a sociabilidade e a criatividade da região. Inclui mitos, lugares assombrados, lembranças da Guerra do Paraguai e histórias sobre vaqueiros e violeiros famosos. A primeira parte traz informações sobre os contadores de histórias e o método de pesquisa; a segunda apresenta as histórias transcritas, divididas em mitos, lendas, contos populares e "causos" sobre condução de bois e caçadas.
O vampiro faz parte da história desconhecida da humanidade, ele tem um papel e uma função; não brotou do nada no século XVII ou XVIII! Ele se inscreve num conjunto complexo de representações da morte e da vida, que sobreviveu até nossos dias, certamente com uma riqueza bem menor do que naquele passado distante que temos tendência a confundir com séculos de obscurantismo, aquelas épocas remotas e ignorantes que baniram as Luzes da razão. Apoiando-se em testemunhos de primeira mão, o objetivo desse livro é fazer um trabalho de desmistificação, encontrar o objeto de uma crença ancestral e descobrir o contexto mental em que se arraigou a noção de vampiro, porque essa ancoragem no real é o que há de mais importante, nem que seja apenas por sua dimensão antropológica.
Craig N. Murphy faz aqui uma extensa investigação sobre o conceito de governança global para demonstrar que ela se impõe há mais de um século nas relações globais por meio da atuação conjunta das organizações internacionais, dos inúmeros dispositivos reguladores – formais e informais –, das ideias e questões que se impõem em nível mundial e acabam se sobrepondo às ações dos governos individualmente.