Criador das expressões “ecologia acústica”, “esquizofonia”, “som fundamental”, o músico e professor canadense Murray Shafer define este livro, que a editora Unesp publica agora em segunda edição, como a primeira tentativa de que se tem notícia de estudar de maneira sistemática a “paisagem sonora”, outro de seus conceitos, o mais importante em A afinação do mundo. A centralidade do conceito é atestada no prefácio da primeira edição brasileira, onde se elege como objetivo da obra exibir a evolução da paisagem sonora no decorrer da história e evidenciar como tais mudanças podem ter afetado o comportamento humano.
Shafer também chama a atenção para o fato de que a paisagem sonora, uma vez dinâmica, pode ser aperfeiçoada, e propõe que seja replanejada a partir de um novo jeito de ouvir, criterioso, que pode ser ensinado na escola pública: “Em uma sociedade verdadeiramente democrática, a paisagem sonora será planejada por aqueles que nela vivem, e não por forças imperialistas vindas de fora”.
A afinação do mundo é o um relato histórico da evolução da paisagem sonora até meados dos anos 1970, mas permanece atual, pois os sons ali relatados continuam ecoando, embora tenham surgido novos ruídos “manufaturados”. Também as teorias e os métodosde pesquisa propostos na obra continuam atuais, como demonstram suas numerosas traduções e reedições em vários países.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
Vivemos imersos em um mundo de sons embora não tenhamos consciência disso durante a maior parte do tempo. O grande marco da transformação das cidades em um universo de sons desagradáveis é a Revolução Industrial, com a chegada das máquinas e o desenvolvimento da indústria automobilística. Compositor e estudioso de teorias sobre o som, o canadense, R.Murray Schafer propõe um sistema de estudo dos sons, apresenta um glossário de termos relativos à paisagem sonora e inclui uma pesquisa internacional de preferências sonoras.
Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve neste livro a noção de "paisagem sonora" (soundscape). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta por sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais - terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.
Esta obra é uma coletânea de ensaios definitivos sobre a concepção sonora e musical revolucionária de seu autor, o músico canadense Murray Schafer. Reunidos em seis grandes grupos temáticos, os textos descrevem a maneira irreverente e inteiramente prática a que Murray, que é professor de música, recorre para despertar seus jovens alunos para o que ele chama de “paisagem sonora”, e não apenas para a música como esta é cotidianamente compreendida.
Obra que retrata o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), a partir de sua construção, em fins do século XIX, como depositário da memória nacional atrelada à paulista, construída por meio da epopéia bandeirante e da vocação desbravadora paulista, desde os tempos coloniais e materializada em objetos, documentos e iconografia, numa narrativa cuja pertinência das análises e profundidade da pesquisa tornam o livro fundamental para os estudos sobre a disciplina História, conforme definida na ocasião e nas décadas iniciais do século XX. Resgata a figura de Affonso d'Escragnolle Taunay, quem literalmente forjou a vocação histórica do Museu Paulista durante sua atuação como diretor entre 1917 e 1939, dando lógica e ordenamento à coleção de objetos históricos espalhados pelo prédio anteriormente, separando o objetivo inicial de dedicação às ciências naturais e à exposição de exemplares da fauna e da flora brasileiras.