Esta obra é uma coletânea de ensaios definitivos sobre a concepção sonora e musical revolucionária de seu autor, o músico canadense Murray Schafer. Reunidos em seis grandes grupos temáticos, os textos descrevem a maneira irreverente e inteiramente prática a que Murray, que é professor de música, recorre para despertar seus jovens alunos para o que ele chama de “paisagem sonora”, e não apenas para a música como esta é cotidianamente compreendida.
Cunhado pelo autor, o conceito de “paisagem sonora” abrange sonoridades em geral, abarcando o inestimável leque de ruídos urbanos e naturais. Radical, Murray propõe a extinção do professor. Ele escreve: “A proposta antiga: o professor tem a informação; o aluno tem a cabeça vazia. Objetivo do professor: empurrar a informação para dentro da cabeça vazia do aluno. Observações: no início, o professor é um bobo; no final, o aluno também”.
Trata-se de uma obra de importância inquestionável principalmente neste momento em que o Brasil torna o ensino de música obrigatório nas escolas, como lembra a professora Marisa Trench de Oliveira Fonterrada na apresentação desta segunda edição de O ouvido pensante. A primeira, de 1991, teve várias tiragens e vendeu mais de 10 mil exemplares, refletindo o fato de Murray, que visitou várias vezes o Brasil, ter se tornado um marco na cena musical do país.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
Vivemos imersos em um mundo de sons embora não tenhamos consciência disso durante a maior parte do tempo. O grande marco da transformação das cidades em um universo de sons desagradáveis é a Revolução Industrial, com a chegada das máquinas e o desenvolvimento da indústria automobilística. Compositor e estudioso de teorias sobre o som, o canadense, R.Murray Schafer propõe um sistema de estudo dos sons, apresenta um glossário de termos relativos à paisagem sonora e inclui uma pesquisa internacional de preferências sonoras.
Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve neste livro a noção de "paisagem sonora" (soundscape). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta por sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais - terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.
Criador das expressões “ecologia acústica”, “esquizofonia”, “som fundamental”, o músico e professor canadense Murray Shafer define este livro, que a editora Unesp publica agora em segunda edição, como a primeira tentativa de que se tem notícia de estudar de maneira sistemática a “paisagem sonora”, outro de seus conceitos, o mais importante em A afinação do mundo. A centralidade do conceito é atestada no prefácio da primeira edição brasileira, onde se elege como objetivo da obra exibir a evolução da paisagem sonora no decorrer da história e evidenciar como tais mudanças podem ter afetado o comportamento humano.
Obra que retrata o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), a partir de sua construção, em fins do século XIX, como depositário da memória nacional atrelada à paulista, construída por meio da epopéia bandeirante e da vocação desbravadora paulista, desde os tempos coloniais e materializada em objetos, documentos e iconografia, numa narrativa cuja pertinência das análises e profundidade da pesquisa tornam o livro fundamental para os estudos sobre a disciplina História, conforme definida na ocasião e nas décadas iniciais do século XX. Resgata a figura de Affonso d'Escragnolle Taunay, quem literalmente forjou a vocação histórica do Museu Paulista durante sua atuação como diretor entre 1917 e 1939, dando lógica e ordenamento à coleção de objetos históricos espalhados pelo prédio anteriormente, separando o objetivo inicial de dedicação às ciências naturais e à exposição de exemplares da fauna e da flora brasileiras.