Giacomo Marramao explora as características da modernidade e a função nela desempenhada pela intuição do tempo, tal como se condensa nas categorias de progresso, revolução e libertação. O ponto central do livro reside no desenvolvimento da nova categoria de sociedade antagonista, com a qual procura renovar o pensamento político de esquerda do nosso tempo, a partir do que chama uma ética transpolítica.
Autor de 2 livros disponíveis em nosso catálogo.
Marramao discute o típico dualismo ocidental entre pensamento laico e religioso. A noção de secularização e secular, em especial, merece do autor um estudo aprofundado onde são reconstruídos contextualmente os deslocamentos semânticos e as extensões metafóricas pelos quais esta crucial e controversa noção veio a se transformar de terminus technicus, originariamente surgido no âmbito jurídico, em básico conceito teológico e de filosofia da história.
Os recursos financeiros para ajuda humanitária cresceram significativamente nos últimos anos – os fundos das Nações Unidas para esse fim, por exemplo, saltaram de US$ 2 bilhões em 2000 para US$ 11 bilhões em 2009. O valor, porém, é irrisório se comparado aos US$ 802,9 bilhões que os Estados Unidos despenderam entre 2003 e 2011 na Guerra do Iraque, provocando a morte de algumas centenas de milhares de iraquianos e transformando em refugiados internos cerca de 5,5% da população do país (algo em torno de 1,6 milhão de pessoas).
O pensamento político ímpar e a trajetória do ativista Edward Said, um dos intelectuais mais proeminentes do século 20, emergem com simplicidade das cinco entrevistas que compõem esta obra, concedidas por ele ao jornalista norte-americano David Barsamian entre 1987 e 1993. Os depoimentos desvelam ainda o homem por trás da obra, ao trazerem à tona as ansiedades e angústias de Said acerca das relaçõesentre Israel e Palestina num período crucial da história do conflito entre os dois povos, além de relatos de episódios pessoais comoventes e comentários sobre escritores inevitáveis para ele, como Joseph Conrad, Jane Austin, T. S. Eliot e Albert Camus.
Como o próprio nome anuncia, Ler Marx se propõe ser um novo referencial para a introdução à leitura dos textos do filósofo alemão. Assinada por três importantes pesquisadores, sendo dois franceses, Emmanuel Renault e Gérard Duménil, e um brasileiro, Michael Löwy, a obra realiza uma atualizada contextualização dos seus escritos, com explicações que não caem nas interpretações comuns e caricatas do pensamento marxista.