A partir do conceito de Pitágoras, no século VI a.C., que concebe a mousiké como uma manifestação artística que envolve muito mais do que uma reprodução técnica de sons e se relaciona com conceitos filosóficos de harmonia, cosmos e logos, a autora mergulha no século XX. Estuda então os compositores Alexander Scriabin e John Cage, verificando como eles apresentam vários pontos em comum com o pensamento pitagórico. A música é então valorizada no seu aspecto técnico e, principalmente, no filosófico.
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Discute os aspectos rurais da cultura brasileira segundo a abordagem realizada pelo cinema nacional durante as décadas de 1950 e 1960. O período marca justamente a transição do Brasil rural para o urbano e de uma sociedade que vivia exclusivamente da agricultura para um país em que a economia industrial ganhava destaque. São estudados filmes com a atuação de Mazzaropi, como Candinho (1953) e Jeca Tatu (1959). Também merecem análise obras cinematográficas já clássicas, como Vidas secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha.
Este trabalho analisa a produção intelectual e o ambiente social de Mário de Andrade, após a década de 1930, em que o estudioso defendia a conformação da arte e do artista com sua sociedade, e em seus escritos encontram-se recomendações sobre o papel e a responsabilidade social dos intérpretes, em especial do cantar. "Arte e nação entrelaçam-se no que podemos chamar de sua teoria social: a construção de uma definiria o caráter de outra."
Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve neste livro a noção de "paisagem sonora" (soundscape). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta por sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais - terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.
Este livro de Marta Dantas sobre a vida e a obra de Arthur Bispo do Rosário fará o leitor pensar, sobretudo aquele que estiver habituado às tradicionais monografias sobre artistas cultos que têm lugar indiscutível na história da arte. Respeitando a particularidade da poética bruta a ser estudada, a autora analisa os objetos, as miniaturas, os escritos, as vestimentas, os bordados e o principal trabalho do artista, o Manto da apresentação, que é a "síntese da mitopoética do artista, de uma vida transformada em ilusão"; e articula Ciências Humanas, Estética e História da Arte, numa perspectiva refinada que transcende o convencional.