O que é informação? O uso do conceito de informação no cotidiano é o mesmo do contexto científico? Podemos chamar informação à representação descritiva de um documento registrado em um sistema de controle bibliográfico? Que relação há entre controle bibliográfico e cibernética? Essas são questões que têm afligido bibliotecários, pesquisadores da ciência da informação e de áreas afins e que são abordadas de modo agradável pela autora, focalizando a aplicação de leis da cibernética ao Sistema de Controle Bibliográfico. Fundamentado em Egan & Shera, Wiener, Shannon & Weaver, o livro apresenta uma discussão de problemas relevantes no plano do pensamento contemporâneo, como os que se referem ao conceito de informação, ao modo de quantificar a informação de acordo com a Teoria Matemática da Informação e a relação entre controle bibliográfico e cibernética.
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Este livro trata dos conceitos básicos envolvidos na zona de fronteira entre Comunicação e Política, que crescem no Brasil e no mundo. Procura sistematizar e (re)visitar conceitos-chave, submetendo-os a uma discussão e delimitação que permita maior consistência e rigor a essa área de investigação, além de facilitar e estimular o trabalho de profissionais, de novos pesquisadores e do público em geral. Resulta da cooperação entre os pesquisadores envolvidos (brasileiros e portugueses), do esforço desenvolvido e do intercâmbio intelectual permitido pelos grupos de trabalho da COMPÓS (Comunicação e Política, da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em comunicação) e da ANPOCS (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais).
A implantação de um sistema público de comunicação no Brasil é o principal tema deste livro de Danilo Rothberg, que ao avaliar a viabilidade deste modelo, acaba por discutir a própria conjuntura do jornalismo no país. Mas para chegar a um entendimento amplo sobre o assunto, o autor investiga, antes de tudo, a mais destacada experiência do gênero existente no mundo: a rede britânica BBC, com mais de oito décadas de atuação, apresentando um estudo de caso sobre uma cobertura política realizada pela emissora. Rothberg expõe, a partir daí, a necessidade de dispor de uma rede pública de comunicação, fundamental para a livre circulação de ideias e a difusão democrática da informação.
Se, antes da introdução das modernas técnicas de produção editorial, no final da década de 60, o sociólogo francês Robert Escarpit denominou o grande incremento do mercado editorial nos países desenvolvidos, em grande parte devido ao fenômeno do livro de bolso, "revolução do livro", o que dizer das transformações ocorridas nas duas últimas décadas na própria forma como o livro é produzido? Essas transformações foram tantas e tão diversas que seria o caso de falarmos agora de uma "revolução do livro". Esse foi um dos desafios enfrentados na atualização de obra tão importante quanto A construção do livro, de Emanuel Araújo.
Dentre os muitos benefícios que nos trouxe a transferência da corte portuguesa para o Brasil, podemos destacar duas medidas que parecem da maior importância: a abertura dos portos e a instalação da Impressão Régia, duas janelas que abriram o Brasil para o mundo, do ponto de vista político e cultural. A primeira decisão foi de efeito imediato; a segunda, de resultado um pouco mais tardio, pois a Impressão Régia visou, inicialmente, apenas à publicação dos atos oficiais, mas em curto espaço de tempo passou a publicar obras que abrangeram quase todos os campos do conhecimento. Visto no contexto em que a Impressão Régia funcionou, seu desempenho foi excepcional e abriu caminho para o desenvolvimento cultural brasileiro, pois proporcionou o surgimento de um número crescente de editores no século XIX.
Aproximar-se do “povo” era uma das aspirações mais caras tanto dos militantes de esquerda quanto dos artistas e intelectuais brasileiros durante a ditadura civil-militar de 1964-1985. O novo país que eles almejavam construir, necessariamente, brotaria das raízes nacionais. O que os inspirou nessa busca, que refluiu após o triunfo da lógica do mercado global, nos anos 1990? Que herança teria deixado?