Um manual da farsa científica, em dez lições. É assim que o autor trata da pseudociência, atraente e difundida na atualidade. Um alerta ou um "manual de uso" àqueles que pretendem se aperfeiçoar na prática do charlatanismo, quanto para alertar os incautos contra as práticas daqueles que, empunhando a bandeira da ciência, pretendem burlar os preceitos da racionalidade científica.
Autor deste livro.
"O objetivo deste livro é desenvolver uma alternativa construtiva ao realismo científico, posição que ultimamente foi muito discutida e defendida na filosofia da ciência. Para esse fim apresentarei três teorias, que precisam umas das outras para apoio mútuo. A primeira diz respeito a uma relação da teoria com o mundo, e especialmente o que pode ser chamado seu conteúdo empírico. A segunda é uma teoria da explicação científica, segundo a qual o poder explicativo de uma teoria é um aspecto que de fato vai muito além de seu conteúdo empírico e é radicalmente dependente de contextos. E a terceira é uma explicação da probabilidade tal como ocorre nas teorias da física."
"A experiência indizível exibe uma que percorre todo o escrito: a de apresentar o projeto crítico do Tractatus do ponto de vista de algumas afinidades e contrastes com o idealismo transcendental de Kant e, em especial, o de Schopenhauer. A principal afinidade está na operação comum de uma cisão que institui o ponto de vista transcendental: a distinção entre o que pode ser dito e o que só pode ser mostrado em Wittgenstein; entre representação e vontade em Schopenhauer; e entre fenômeno e coisa-em-si em Kant. O principal contraste consiste em que, diferentemente do que ensinam as obras dos mestres idealistas, não há, nem poderia haver lugar para uma teoria do conhecimento no sistema do Tractatus. Por constituir-se em uma metafísica das relações internas entre o eu, o mundo e a linguagem, o solipsismo transcendental do Tractatus L que se enraíza na metafísica do belo de Schopenhauer L acarreta a completa dissolução de todo o campo conceitual no qual a modernidade viu florescer a epistemologia."
Publicado pela primeira vez em língua portuguesa, este livro reúne três ensaios da irlandesa Iris Murdoch, considerada uma das maiores pensadoras e escritoras do século 20. Produzidos nos anos 1960, os textos inter-relacionam-se, compondo uma das obras mais prestigiadas da autora. Trata-se de uma sólida e dura crítica à filosofia moral, que ganhou relevância naquele período e continua influente ainda hoje. Murdoch propõe, alternativamente, uma visão ética que resgata a concepção platônica da “boa vida”.
Professor de Filosofia do College de France, Granger apresenta as principais linhas contemporâneas de pesquisa da Epistemologia e da Filosofia da Ciência. Destinado ao público não-especializado, o filósofo francês fala da diferença entre conhecimento científico e saber técnico, demonstra como a diversidade de métodos pode conviver com a unidade de perspectiva e dá uma versão não-relativista da evolução das verdades científicas. O resultado é uma obra capaz de deixar evidente a atualidade do programa do racionalismo moderno.
O objetivo deste livro, que se compõe de nove diálogos com alguns dos principais representantes da filosofia norte-americana contemporânea, é vencer as distâncias entre os pensadores dos EUA e os da Europa. As entrevistas realizadas pela filósofa italiana Giovanna Borradori com nove pensadores norte-americanos contemporâneos constituem uma excelente oportunidade para conhecer melhor o que eles pensam, qual é a sua formação e influências, como constroem o seu presente e quais são as suas principais indagações. Cada diálogo é uma verdadeira aula sobre uma vertente filosófica, com todas as suas potencialidades. Neste caderno de viagem pelo mundo das idéias, a entrevistadora motiva os filósofos a ultrapassarem os seus limites mentais e culturais, em diálogos profícuos sobre temas fundamentais como o pragmatismo, a filosofia analítica e a metafísica.