SEIS ENSAIOS DA HISTÓRIA DAS IDEIAS
O autor deste livro foi um dos primeiros estudiosos a se ocupar, há mais de 30 anos, do tema das artes da memória na cultura europeia. Imagens construídas para lembrar ressurgem, entre o Quinhentos e o Seiscentos, nos escritos dos jesuítas, nos manuais para confessores, nos catecismos para os iletrados; voltam a se apresentar hoje na literatura psiquiátrica, nas escolas para os agentes de publicidade. Memória e imaginação são faculdades gêmeas, como queriam Hobbes e Vico, ou contrapostas, como pensa hoje uma difusa (e deletéria) pedagogia antinocionista? Porém, o tema da memória é muito mais amplo que o da arte da memória. Tem a ver com a ideia - ativa na biologia, na filosofia, na literatura, na psiquiatria - que pedaços do passado se reconstituem ou tornam a emergir no presente. Quem assim pensa, também pensa numa não unicidade dos eventos, numa repetição. Como coexistem na cultura europeia a imagem do tempo como "flecha" e do tempo como "ciclo"?
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Paolo Rossi, autor de A ciência e a filosofia dos modernos, analisa neste livro os deslocamentos semânticos aos quais as noções de crescimento e progresso foram submetidas durante a modernidade. Remetendo a textos de filósofos, cientistas e literatos, o autor procura redesenhar o quadro do racionalismo moderno ao questionar a unidade e permanência de alguns de seus conceitos-chave.
Analisando aspectos da luta que os primeiros cientistas modernos travaram contra o misticismo, o ocultismo e o orientalismo, esta obra oferece excelente oportunidade para uma ampla reflexão sobre este movimento que abalou as formas de pensar dos séculos XV e XVI, além das interpretações inovadoras de aspectos científicos do trabalho desses pioneiros.
Paolo Rossi faz aqui uma reflexão sobre o tema alimentação para demonstrar que o simples ato de comer está muito mais carregado de significados, culturais e antropológicos, do que se pode imaginar quando se se pensa em assuntos como dietas saudáveis, desnutrição e gastronomia, muito em voga atualmente.
Nesta pequena obra Paolo Rossi convida o leitor a refletir sobre esperança, sentimento que parece acompanhar o ser humano desde os primórdios, assumindo diferentes facetas ao longo dos tempos. Após discorrer criticamente sobre os diversos conceitos de esperança, abordando inclusive a desesperança, ele sugere que se cultive apenas esperanças “sensatas”. Para o filósofo, o mundo é por natureza desigual e por isso estaria eternamente sujeito a conflitos, o que torna a “Grande Esperança” uma simples e ingênua quimera. Mas esse mesmo mundo vem promovendo conquistas inquestionáveis e de forma acelerada para um número cada vez maior de pessoas, ambiente que desmonta igualmente as previsões apocalípticas.
A relação entre o historiador e seu tempo é uma das questões cruciais do debate historiográfico, metodológico e teórico, problemática densa e propícia à reflexão crítica acadêmica, eleita como tema do XVIII Encontro Regional de História da ANPUH-SP, realizado em 2006 na UNESP-Assis. Antonio C. Ferreira rastreia a transformação da fábrica da história em indústria cultural e seus desdobramentos em termos de modos de produção, sujeitos, práticas, mercados, produtos e seus valores. Maria Stella M. Bresciani coloca Oliveira Vianna, Gilberto Freyre e Sérgio B. de Holanda em interação nas lutas e projetos políticos de sua época. Em homenagem aos 40 anos de edição do livro Da senzala à colônia, de Emília V. da Costa, a autora o situa em sua época de produção. A contribuição de Viotti à historiografia é analisada por Rafael Marquese e por Cristina Wissembach. Os artigos sobre Relações de poder, imprensa e historiografia assinala preocupações metodológicas indispensáveis no trabalho do historiador. Sobre Gênero e cultura são reproduzidas apresentações qeu visam localizar a emergência das temáticas femininas nas lutas afirmativas e no contexto sociocultural contemporâneo. Os saberes escolares trata de memórias e práticas dos professores de História da rede municpal de rede municipal de São Paulo, e da memória escolar à luz de vários pressupostos teóricos.