A mobilidade sobremoderna corresponde muito largamente à ideologia do sistema da globalização, uma ideologia da aparência, da evidência e do presente que está pronta para recuperar todos os que tentam analisá-la ou criticá- la. Neste livro, o autor procura apresentar alguns de seus aspectos, analisando certas noções-chave: fronteira, urbanização, migração, viagem e utopia.
Autor deste livro.
O objetivo desta pesquisa foi refletir sobre o movimento dos habitantes do rio Uaupés (afluente do rio Negro) em direção ao mundo dos brancos, buscando delinear o seu sentido segundo os princípios da sociocosmologia nativa. Ela dedica-se a pensar as transformações que ocorrem no modo de vida dos índios uma vez que eles deixam suas comunidades de origem, situadas ao longo de toda a faixa ribeirinha, e passam a residir na cidade de São Gabriel da Cachoeira. Ao se mudar para a cidade, a população indígena realiza um movimento de descida dos rios Uaupés e Negro para se fixar no curso médio desse último. Parte do pressuposto de que uma reflexão sobre o movimento dos habitantes do Uaupés em direção à cidade precisa considerar, de um lado, suas implicações para as relações sociais e o modo como ele se vê implicado por elas; de outro, as concepções cosmológicas que informam a imagem dos índios sobre si mesmos e sobre os brancos.
Fornecer informações sobre detalhes da evolução humana, demonstrando que ela é uma série complexa de ocorrências explicável por alguns princípios evolucionistas gerais, é o objetivo deste livro, que traz importantes dados sobre a existência de antepassados humanos, como o australopitecos, o Homo erectus e o homem de Neanderthal. Questões filosóficas derivadas das teorias de Charles Darwin e a ecologia que embasa a biologia e a evolução humanas são abordadas. Também há a discussão de intrigantes e desafiadoras perguntas sobre a singularidade humana relacionadas ao nosso comportamento, como a inteligência, a cultura, o comportamento social e a linguagem.
Este é o primeiro de três volumes da obra de Koch-Grunberg, a serem publicados pela Editora UNESP. Trata-se dos relatos da viagem empreendida por Theodor Koch-Grunberg pela região Norte do Brasil e Venezuela, no período de 1911 a 1913. O autor faz, sobretudo, um levantamento etnográfico e lingüístico dos povos indígenas da região; transcreve também suas lendas e mitos de origem, que mais tarde inspiraram Mário de Andrade na redação de Macunaíma. O volume traz reproduções de fotografias originais do autor, reveladas e ampliadas em plena viagem. Os volumes seguintes contarão, também, com desenhos originais, que reproduzem em detalhes objetos e a arte dos povos encontrados pelo pesquisador.
Este livro busca restituir as ligações que o cauim apresenta com diferentes aspectos da vida social Yudjá, oferecendo ao mesmo tempo uma análise de um sistema sociocosmológico e um mapa da condição humana. A autora realizou cerca de vinte meses de trabalho de campo etnográfico em aldeias Yudjá (na Terra Indígena Parque Indígena do Xingu, MT) e mais seis meses com famílias Yudjá que se achavam em Brasília, Rio de Janeiro ou Canarana. A substância do material apresentado neste livro foi reunida nos anos de 1984-1985, 1988-1989 e 1990. O livro é uma versão abreviada, remanejada e parcialmente reescrita da tese de doutorado da autora.
Em uma pesquisa ousada e original, Wander de Lara Proença traz à discussão uma das instituições mais controversas da atualidade: a Igreja Universal do Reino de Deus. Para isso ele realiza um profundo trabalho que revela a própria história da congregação, buscando entender o fenômeno religioso que ela provoca.