A TRAJETÓRIA DOS CONCEITOS
Este livro não se pauta nem pela ordem nem pelas metas a partir das quais Sartre escreve a obra de 1943; tampouco serviram de base os diálogos deste filósofo com suas três maiores influências -- Hegel, Husserl e Heidegger. A intenção do texto sequer se compromete com uma cobertura historiográfica completa das influências de Sartre. Trata-se de um trabalho temático, e não de uma descrição da filosofia sartreana que procura, inclusive, se distanciar dos termos que poderiam enviar a outros filósofos, evitando assim um vocabulário mais técnico. Procura-se distender os termos técnicos, pois, para entender a trajetória dos conceitos de consciência e má-fé (e dos conceitos paralelos, como o de "irrefletido"), é preciso responder se e como eles apareciam nas primeiras obras de Sartre.
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Os textos presentes no livro formam um dossiê sobre as relações entre a ciência da Natureza e a revelação bíblica, interpretada dentro da tradição católica no contexto do século XVII. Tratam-se de quatro cartas e três anotações, todas de Galileu, às quais foram acrescentados a carta do cardeal Belarmino ao Pe. Paolo Foscarini e o decreto de suspensão, isto é, de proibição até que fossem corrigidas, das Revoluções dos orbes celestes pela Congregação do Índice.
Este livro integra a Coleção Biblioteca de Filosofia, cujo objetivo é a publicação de trabalhos dos mais jovens e dos mais velhos, na busca de dar visibilidade ao que Antonio Candido (referindo-se à literatura brasileira) chama de "um sistema de obras" capaz de suscitar debate, constituir referência bibliográfica nacional para os pesquisadores e despertar novas questões no intuito de alimentar uma tradição filosófica no Brasil, além de ampliar, com outros leitores, o interesse pela filosofia e suas enigmáticas questões. Mostra como a questão da ética é relevante na obra de Sartre, considerada a abordagem concreta de delineamentos presentes nas reflexões do pensador francês sobre conceitos como a má-fé, o ser-para-si e o ser-para-outro. Acima de tudo, um filósofo que acredita que as questões tratadas pelas pessoas individualmente são as propostas pela época que cabe a cada ser humano viver.
Professor de Filosofia do College de France, Granger apresenta as principais linhas contemporâneas de pesquisa da Epistemologia e da Filosofia da Ciência. Destinado ao público não-especializado, o filósofo francês fala da diferença entre conhecimento científico e saber técnico, demonstra como a diversidade de métodos pode conviver com a unidade de perspectiva e dá uma versão não-relativista da evolução das verdades científicas. O resultado é uma obra capaz de deixar evidente a atualidade do programa do racionalismo moderno.
Neste conjunto de ensaios o filósofo francês Gérard Lebrun procura discutir e entender o discurso hegeliano, pondo a questão da regulação que o leitor deve adotar em relação ao Sistema hegeliano, afastando todos os juízos tradicionais sobre o andamento global do Sistema (monismo, otimismo, panlogismo, pantagrisno etc.).
O conceito de tolerância é discutido pelo autor, verificando como ele se articula, especialmente na realidade latino-americana. Estuda não só os paradoxos que envolvem o conceito de tolerância, fundamentado no universalismo ou no relativismo cultural, mas também enfoca problemas de ordem prática relacionados à educação. Aborda alguns dos obstáculos enfrentados pelos educadores ao trabalhar com a tolerância, inserida no tema transversal da "pluralidade cultural". Aponta ainda os cuidados teóricos necessários no tratamento da temática para uma ação educativa que respeite parâmetros em que termos como "paz", "cidadania", "democracia" e expressões como "direitos humanos" sejam uma realidade prática, e não apenas um pressuposto teórico.