AS POLÍTICAS DE ESTADO, A EXPANSÃO DE FRONTEIRAS E OS ÍNDIOS XAVANTE, 1937-1988
Escrito originalmente em inglês pelo historiador americano Seth Garfield, A luta indígena no coração do Brasil é uma obra que aborda questões nunca antes exploradas sobre as disputas políticas dos índios no Planalto Central do país.
O autor estuda a fundo o período entre a implantação do Estado Novo e a Constituição de 1988 para analisar a posição marginalizada dos agrupamentos indígenas, mostrando como as tentativas de assimilar esses povos não comtemplavam sua diversidade cultural, resultando nos movimetnos de resistência que até hoje procuram manter seus valores. A luta indígena no coração do Brasil se configura, então, como um título provocador que busca desvendar mais um lado dos excluídos do país.
Autor deste livro.
Desde que desembarcou no Brasil, em 1930, quando ainda era um jovem professor de 27 anos, convidado da recém-fundada Universidade de São Paulo, Claude Lévi-Strauss manteve um relacionamento de admiração e inspiração intelectual com o país. Foi nesta passagem que inaugurou seus estudos sobre os povos ameríndios e colaborou com a Sociedade de Etnografia e Folclore de Mário de Andrade. Voltaria, então, só em 1985, quando reforçaria algumas das suas impressões iniciais. O próprio filósofo admite como este período foi importante na sua trajetória como pensador, e neste pequeno livro, Longe do Brasil, encontra-se na íntegra a entrevista concedida por ele em 1995, em que fala desta experiência.
Neste trabalho, a autora procura abordar aspectos da dinâmica dos Guarani-Mbya, como xamanismo, mobilidade, relações de parentes e cosmologia. Inicialmente, compõe um mapa geral das duas aldeias mbya em que viveu, com o objetivo de tornar possível ao leitor visualizar os contextos locais em suas particularidades. Depois, aprofunda-se, dedicando-se à etnografia dos deslocamentos, do parentesco, de aspectos estruturais da multilocalidade mbya. Trata também da questão da não-durabilidade da vida humana, ligada ao tema da doença, analisa capacidades existenciais enviadas aos humanos pelos deuses, com atenção à noção de alma e dos nomes pessoais, finalizando com o tema da vida breve no comentário do tratamento, pela cosmologia mbya, da morte, da imortalidade e do destino incorruptível da pessoa na "Terra sem mal".
O objetivo desta pesquisa foi refletir sobre o movimento dos habitantes do rio Uaupés (afluente do rio Negro) em direção ao mundo dos brancos, buscando delinear o seu sentido segundo os princípios da sociocosmologia nativa. Ela dedica-se a pensar as transformações que ocorrem no modo de vida dos índios uma vez que eles deixam suas comunidades de origem, situadas ao longo de toda a faixa ribeirinha, e passam a residir na cidade de São Gabriel da Cachoeira. Ao se mudar para a cidade, a população indígena realiza um movimento de descida dos rios Uaupés e Negro para se fixar no curso médio desse último. Parte do pressuposto de que uma reflexão sobre o movimento dos habitantes do Uaupés em direção à cidade precisa considerar, de um lado, suas implicações para as relações sociais e o modo como ele se vê implicado por elas; de outro, as concepções cosmológicas que informam a imagem dos índios sobre si mesmos e sobre os brancos.
Eagleton toma como base sua insatisfação quanto ao significado antropológico amplo e com o sentido estético rígido da "cultura", e busca algo que a diferencie de outros conceitos fundamentais da Sociologia, por considerar em jogo o uso do conteúdo da alta cultura. Busca as transformações históricas pelas quais o termo passou e seus usos contemporâneos. Ao mergulhar na crise moderna da idéia de cultura, aborda os choques culturais, a dialética da natureza e da cultura, dialogando com Marx, Nietzsche e Freud, e aprofunda a visão com relação à homogeneização da cultura de massas, a função da cultura na estruturação do Estado-Nação e a construção de identidades e sistemas doutrinários.
Um dos traços culturais brasileiros que mais se destaca é o da pluralidade e vitalidade religiosas e o "jeitinho brasileiro" para lidar com a questão religiosa está presente nesta obra. Com um texto empolgante, o autor apresenta "as regras do jogo" no universo das religiões estabelecidas e põe em xeque o dito popular de que "religião, política e futebol não se discutem", ao abordar: a identidade nacional, a separação Igreja-Estado, a obrigatoriedade do ensino religioso no país e o entendimento moderno da religião como forma de cultura. Eduardo Rodrigues propõe uma reflexão sobre as características universais da religião ao debater a forma como ela produz deuses e seus mundos sobrenaturais.