Euclides da Cunha era versado em mais de uma área de estudo. Apesar de se considerar um cientista, o autor de Os Sertões procurava pensar outras questões. Assim, em Euclides da Cunha e estética do cientificismo estão reunidos, pela primeira vez, seus ensaios acerca da filosofia da arte. Aqui, o pesquisador José Leonardo do Nascimento compila estes textos e faz uma análise dos temas abordados pelo autor, realizando um apanhado sobre os conceitos apresentados por ele para falar dos elementos que aproximavam ciência e arte.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
Esse estudo visa analisar e reproduzir as leituras críticas de O Primo Basílio publicadas no Brasil, logo após o lançamento do livro, para, de uma só vez, definir as perspectivas estéticas vigentes na cultura letrada e fazer uma edição crítica dos documentos da época. O volume está organizado em duas partes. Na primeira, "A Severidade da Crítica e os Hábitos da Terra", os textos sobre o romance e o drama teatral são analisados e comparados. Na segunda, no "Apêndice", eles são publicados acompanhados de notas explicativas e comentários gerais.
Apresenta ensaios interpretativos de um livro clássico, que completou seu centenário de publicação em 2002. São enfocados aspectos artísticos, históricos e sociológicos, analisando as circunstâncias da construção da obra, uma epopéia que realiza uma avaliação histórica do episódio de Canudos e de seus personagens históricos, como o coronel Antônio Moreira César. Outros aspectos estudados são a recriação da obra para o francês e as diferentes interpretações que o livro recebeu desde o seu lançamento.
Os artigos que compõem esta antologia de interpretações de Os Sertões, originalmente publicada em 1904, pela Laemmert & C., formam um sistema coerente, dialogam entre si, permitindo que aquele período da história seja, de alguma forma, entrevisto e revistado pelos leitores. Nesta edição foram acrescentados dois textos da época, com a mesma pertinência, que não constavam da publicação original.
Poucos são os estudos mais aprofundados sobre a produção de Lima Barreto, um dos expoentes da literatura brasileira do início do século XX e autor de obras clássicas como Triste fim de Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos. Mas esta pesquisa do inglês Robert John Oakley, que é professor de português e espanhol da Universidade de Birmingham, se diferencia ainda mais por ir além da análise das muitas obras do autor, entre narrativas longas, contos, sátiras e crônicas. R. J. Oakley, ao destrinchar a trajetória literária de Lima Barreto, baseia-se nos resultados da pesquisa sobre as pouco investigadas leituras do autor, e revela que textos como O que é a arte?, de Tolstoi, Os heróis, de Thomas Carlyle, e autores como Herbert Spencer e Henry Maudsley, serviram muito para desenvolver sua concepção da prática da escrita e do papel da literatura. Neste livro, o leitor poderá ter acesso a uma visão mais ampla do pensamento barretiano, partindo justamente das obras que serviram de referência na formação do seu caráter crítico. Assim, em um trabalho meticuloso, R. J. Oakley mostra como a influência de textos variados é capaz de moldar um escritor.
Até mesmo os que ainda ensaiam os primeiros passos em estudos literários poderão encontrar neste livro um caminho de acesso ao amplo e complexo tema do foco narrativo e fluxo da consciência. Se o terreno é árido e a abordagem da obra rigorosa, o texto é agradável e fluente. Partindo das teorias mais amplas para as mais específicas, o autor, Alfredo Leme Coelho de Carvalho, intercala explicações acerca dos marcos desses conceitos com exemplos concretos de sua aplicação, sempre citando obras clássicas.