Em um livro que revisita um crucial momento da história recente do mundo, Jean-Jacques Becker analisa as repercussões e o contexto do Tratado de Versalhes, assinado em 1919, após o fim da Primeira Guerra Mundial, cujas circunstâncias são até hoje debatidas e criticadas. O autor procura questionar se, naquele instante, havia alternativas que poderiam ter sido seguidas pelos líderes que assinaram o acordo. Ainda assim, se valendo do rigor do seu conhecimento historiográfico, Jean-Jacques Becker mostra que o revanchismo alemão e a ascensão do nazismo eram consequências inevitáveis da derrota da guerra, e não necessariamente um desdobramento das imposições e sanções contidas no tratado.
Com esta obra, o autor procura, portanto, evidenciar as fragilidades e limitações da diplomacia da época, refletindo sobre a importância histórica deste evento da política internacional
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Livro que assinala o papel desempenhado pela Igreja católica na formação do pensamento conservador do Brasil. Privilegiando as primeiras décadas do século XX, Romualdo Dias esclarece o papel da Igreja na implementação e legitimação de políticas autoritárias que se observam a partir desse período, apresentando, ainda, a análise do esforço empreendido pela hierarquia católica na formação de uma elite dirigente nacional.
As origens de Roma, a cidade que constituiu um dos mais vastos e duradouros impérios do mundo, nunca foram conhecidas e para o autor essa é uma questão que está no centro da cultura ocidental mesmo decorridos muitos séculos.
O que é a felicidade? Uma pergunta abrangente, de respostas relativas e inúmeras interpretações possíveis. O homem lançou para si esta questão ao longo dos séculos, almejando sempre uma forma de alcançar este estado de graça e absoluto contentamento. Mas como esta procura se moldou de acordo com os momentos vividos pela humanidade? Em uma obra que apresenta um estudo sem precedentes, Georges Minois investiga, pelo viés da História, partindo desde a Antiguidade até o século XXI, a obstinada busca do ser humano pela felicidade.
Estudando as obras de Varnhagen e Oliveira Vianna, este livro reconstitui a trajetória de uma corrente historiográfica brasileira ainda extremamente influente, e que sintetiza, de modo exemplar, os ideais e objetivos das classes dirigentes do país, de ontem e de hoje. É obra essencial para estudantes e acadêmicos interessados nas interpretações de nossa história e de nossa historiografia.
Os elos entre a filosofia e a história são o tema deste estudo. A base teórica é o pensamento do historiador Paul Veyne, que reflete sobre a sua prática de um ponto de vista que leva em conta questionamentos de cunho filosófico. A partir daí, são apontadas questões filosóficas que o historiador deve levar em conta em suas pesquisas. Ao longo do livro são definidos e encadeados elementos constitutivos da tarefa narrativa do historiador e da sua construção teórica. Temas que dizem respeito ao objeto da história e à causalidade histórica, assim como relações entre conceito, acontecimento e totalidade histórica, são enfocados, como também as diferentes concepções filosóficas da ligação entre o ato de narrar em si mesmo e o de construir filosoficamente essa narrativa.