Neste livro de Caroline Mitrovich, a autora realiza a análise de três ensaios fundamentais de Walter Benjamin: Experiência e pobreza, Sobre alguns temas em Baudelaire, Sobre o conceito de história. O propósito por trás dessa avaliação reside em sua tentativa de desvelar as contribuições do filósofo alemão para o campo da Educação.
Estas obras de Benjamin contempladas aqui estão centradas nos conceitos de formação cultural e experiência, formulados pelo filósofo como alternativas à ideia de formação pautada na rigidez do saber científico. Caroline Mitrovich reflete sobre como essas concepções contribuem para uma visão que se opõe à hegemonia do pensamento cartesiano e lógico, abrindo mais possibilidades para o processo de formação do indivíduo. Neste estudo denso, o livro busca na filosofia benjaminiana os conceitos para avaliar a Educação.
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Com estes 34 estudos sobre o filósofo e escritor Walter Benjamin (1892-1940), os organizadores deste volume criaram uma constelação de aprendizagem que é interessante tanto para os já familiarizados com a sua obra quanto para os que nela desejam iniciar-se. Assim como no labirinto de uma metrópole, os caminhos de leitura são os mais diversos possíveis. Podemos começar, por exemplo, por nos inteirar das apropriações da obra do autor no campo educacional brasileiro, nestas últimas décadas, em que foram fundamentais as suas edições e traduções. As suas ideias foram especialmente estimulantes na América Latina também pela importância que ele deu às coisas do cotidiano, como os brinquedos, o inconsciente ótico, a melancolia e a erótica.
Este livro não se pauta nem pela ordem nem pelas metas a partir das quais Sartre escreve a obra de 1943; tampouco serviram de base os diálogos deste filósofo com suas três maiores influências -- Hegel, Husserl e Heidegger. A intenção do texto sequer se compromete com uma cobertura historiográfica completa das influências de Sartre. Trata-se de um trabalho temático, e não de uma descrição da filosofia sartreana que procura, inclusive, se distanciar dos termos que poderiam enviar a outros filósofos, evitando assim um vocabulário mais técnico. Procura-se distender os termos técnicos, pois, para entender a trajetória dos conceitos de consciência e má-fé (e dos conceitos paralelos, como o de "irrefletido"), é preciso responder se e como eles apareciam nas primeiras obras de Sartre.
Instigante pensador da Filosofia da Ciência, Paul Feyerabend traz nesta obra mais reflexões sobre o saber científico. Aqui ele apresenta de forma mais contundente sua crítica a respeito da presença do racionalismo na evolução da ciência. O racionalismo é uma corrente que se baseia na ideia de que a razão, o raciocínio lógico, comanda as decisões da mente. Para o autor, entretanto, esta não seria a única forma de pensamento capaz de produzir o conhecimento científico. Ele argumenta que os grandes momentos da Ciência moderna não estão totalmente fundados na razão.
Este livro integra a Coleção Biblioteca de Filosofia, cujo objetivo é a publicação de trabalhos dos mais jovens e dos mais velhos, na busca de dar visibilidade ao que Antonio Candido (referindo-se à literatura brasileira) chama de "um sistema de obras" capaz de suscitar debate, constituir referência bibliográfica nacional para os pesquisadores e despertar novas questões no intuito de alimentar uma tradição filosófica no Brasil, além de ampliar, com outros leitores, o interesse pela filosofia e suas enigmáticas questões. Mostra como a questão da ética é relevante na obra de Sartre, considerada a abordagem concreta de delineamentos presentes nas reflexões do pensador francês sobre conceitos como a má-fé, o ser-para-si e o ser-para-outro. Acima de tudo, um filósofo que acredita que as questões tratadas pelas pessoas individualmente são as propostas pela época que cabe a cada ser humano viver.
Os textos presentes no livro formam um dossiê sobre as relações entre a ciência da Natureza e a revelação bíblica, interpretada dentro da tradição católica no contexto do século XVII. Tratam-se de quatro cartas e três anotações, todas de Galileu, às quais foram acrescentados a carta do cardeal Belarmino ao Pe. Paolo Foscarini e o decreto de suspensão, isto é, de proibição até que fossem corrigidas, das Revoluções dos orbes celestes pela Congregação do Índice.