ANÁLISE DE FANTASIA EM TRÊS MOVIMENTOS EM FORMA DE CHÔROS (1958)
Nesta análise da obra de Villa-Lobos, o autor José Ivo da Silva parte de reflexões acerca das técnicas composicionais que começaram a se destacar no início do século XX. Ao estudar tais técnicas ele vai buscar compreender como elas moldaram o próprio ato de compor e escutar música. Então o livro revisita os últimos 14 anos da produção musical de Villa-Lobos, se concentrando mais especificamente na Fantasia em três movimentos, obra que foi comissionada pela American Wind Symphony Orchestra. José Ivo da Silva utiliza esta peça para avaliar se há algum tipo de transformação estilística no processo de criação de Villa-Lobos neste momento em que ele compõe para um público americano. Sua principal análise vai para como ele utiliza elementos mais tradicionais devido ao maior conservadorismo das orquestras dos Estados Unidos. Seu estudo percorre desde a escolha do nome da obra, procurando outras ocorrências na história da música para o termo “fantasia”, até as técnicas composicionais propriamente ditas. Em um esforço para delinear os traços “emprestados” por Villa-Lobos em sua produção, José Ivo da Silva debate temas importantes para a música como um todo.
Autor deste livro.
Ensaio que discute a educação musical e quanto ela decorre dos hábitos, valores, condutas e visão de mundo da sociedade a cada época. Após três décadas de ausência, desde 1996 a música recuperou seu status de disciplina educacional e voltou às escolas, entretanto, nesse período, perdeu-se a tradição da educação musical. Obra que aborda o que está por trás das atitudes tomadas em relação ao ensino de música, nas escolas especializadas e nas de educação geral, para que se tenha clareza a respeito do valor que lhe é atribuído e do papel que representa na sociedade contemporânea, e entender os motivos da dificuldade de afirmação da área no Brasil, especialmente no que se refere à educação pública.
Ao relacionar a música com outras áreas do conhecimento, como a psicologia, a psiquiatria e a antropologia, este livro mostra como o estudo e a prática de música estimulam a memória e a inteligência. O poder da música e o papel que ela já tem e que pode vir a desempenhar na vida de todos nós é o tema deste livro. Ele busca sensibilizar os educadores para a necessidade da linguagem musical no processo educacional formal e informal, despertando a conscientização das possibilidades da música para favorecer o bem-estar e o crescimento das potencialidades dos alunos, já que ela fala diretamente ao corpo, à mente e às emoções. Muito mais do que uma experiência somente estética, a música é concebida como uma experiência fisiológica, psicológica e mental, um universo que conjuga expressão de sentimentos, idéias, valores culturais e ideologias, além de propiciar a comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio que o circunda.
Esta obra discute, de forma instigante e inovadora, o tema “samba e identidade nacional”, abordado de forma genérica pela historiografia que cobre o período Vargas. Contestando os autores clássicos da história da cultura brasileira, que definem o ritmo como música portuguesa com influência negra, o autor, que é músico, demonstra, com base em uma bem documentada pesquisa, que o samba se originou, sim, na África. E, também, como e em que contexto deixou a marginalidade no começo do século 20 para se transformar em produto de valor comercial e um dos ícones mais simbólicos do Brasil contemporâneo - ainda que, para tal, tenha sofrido um processo de “branqueamento”.
Ensaio que discute a educação musical e quanto ela decorre dos hábitos, valores, condutas e visão de mundo da sociedade a cada época. Após três décadas de ausência, desde 1996 a música recuperou seu status de disciplina educacional e voltou às escolas, entretanto, nesse período, perdeu-se a tradição da educação musical. Obra que aborda o que está por trás das atitudes tomadas em relação ao ensino de música, nas escolas especializadas e nas de educação geral, para que se tenha clareza a respeito do valor que lhe é atribuído e do papel que representa na sociedade contemporânea, e entender os motivos da dificuldade de afirmação da área no Brasil, especialmente no que se refere à educação pública.
Proclamada a República, a elite artística e intelectual do país identificada com o positivismo de Comte propõe-se renovar a música brasileira. E, na empreitada cívica que almejava a formação de uma música nacional autêntica, vai buscar inspiração na França do pós- guerra com a Prússia (1870), ao mesmo tempo em que procura distanciar a prática musical erudita da popular. As novas ideias ficaram registradas na revista Gazeta Musical, objeto de estudo desta obra. O periódico, que circulou entre agosto de 1891 e dezembro de 1892, tinha importância estratégica para o movimento, pois a imprensa já se tornara influente no fim do século 19 e, ao lado da educação, era fundamental para forjar identidades culturais e políticas.