Quem foi o homem e o imperador D. Pedro II? Que anseios e frustrações escondiam-se por trás da aparência impassível e ascética do monarca, que assumiu o trono aos 14 anos? Que impacto teve a partida de D. Pedro I para Portugal sobre o herdeiro do Império, então com apenas seis anos e já órfão de mãe? Como ele enfrentou o exílio e morreu pouco tempo depois de deixar o Brasil, em 1889? Qual foi o legado de seu longo governo?
Munido de vasta documentação, o historiador brasilianista Roderick Barman reconta neste livro a vida do último imperador do Brasil, D. Pedro II– para ele o responsável pela construção do Estado nacional brasileiro.
Na obra – que recebeu o prêmio Warren Dean de História do Brasil de 2001, da Conference of Latin American History, da American Historical Association – Barman enfatiza a longevidade e a firmeza da gestão do monarca, relacionando-as à sua personalidade e ao sistema de governo, que teriam moldado em larga medida o caráter e a cultura pública do estado-nação que ele erigiu.
Para enfatizar a capacidade de administração e liderança de D. Pedro II, o livro reconstrói o cenário social e político do Brasil à época em que ele assumiu o poder, em 1841, quando mal havia chegado à adolescência. Era um país intensamente instável, constituído de dezenove províncias unidas apenas pelo idioma e por um governo autocrático, que havia conquistado a independência política e se estabelecido como Estado único havia apenas cerca de duas décadas.
Quando o imperador deixou o governo e o Brasil, 48 anos depois, porém, um Estado-nação havia emergido. Ainda assim, conforme Barman, as realizações e limitações de D. Pedro II foram em grande parte esquecidas pelos brasileiros.
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Obra de leitura interessante e agradável, de fundamental importância àqueles que se interessam pelo Brasil imperial, retrata Princesa Isabel, de uma forma acurada e leve - uma das nove mulheres que, durante o século XIX estiveram no comando político de nações. O historiador inglês Roderick J. Barman reúne documentação inédita e farto material iconográfico, obtido por meio da própria família imperial, e retrata a vida privada e a trajetória pública de D. Isabel, a princesa imperial e legítima herdeira do trono de D. Pedro II. Uma reconstituição histórica sólida que apresenta o cenário sociopolítico do Segundo Reinado de maneira direta e cativante e aborda o universo de vida feminino e as relações entre gênero e poder no século XIX.
Este livro de Maria Lúcia Gonçalves Balestriero tem como primeiro e principal mérito voltar-se para um poeta de escassa fortuna crítica, embora reconhecido pelos grandes nomes de nossa crítica como uma voz original e significativa da poesia brasileira do século XX.
Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant’Anna esboçam aqui um retrato sensível da amiga Clarice Lispector. Por meio de ensaios e crônicas, alguns inéditos, eles falam da escritora e de sua obra ou tomam palavras dela para expressar outros sentimentos e ideias guardados desde o começo dos anos 1960. Clarice também fala em primeira pessoa neste livro, que inclui a transcrição de uma entrevista que ela concedeu a Affonso, Marina e João Salgueiro em 1976, um ano antes de sua morte. Na entrevista ela fala, fundamentalmente, de sua obra, em especial de sua última obra publicada em vida, A hora da estrela: “Não escrevo como catarse, para desabafar. Eu nunca desabafei num livro. [...] Eu quero a coisa em si”.
Este livro propõe uma leitura política do conceito do trágico, numa tentativa de jogar luz sobre o desespero humano na era contemporânea, do chamado capitalismo tardio. Terry Eagleton parte da convicção de que um materialismo genuíno, que se opõe tanto ao relativismo historicista quanto ao idealismo, precisa levar em conta também os aspectos da existência que constituem as estruturas permanentes do ser humano, entre os quais está a realidade do sofrimento.