'A Construção do Brasil na Literatura de Viagem dos Séculos XVI, XVII e XVIII' consolida os resultados das investigações empreendidas por Jean Marcel, nas duas últimas décadas, sobre o tema. Com uma alternância entre diários de viagens e reflexões críticas, o autor nos apresenta a construção do Brasil, narrada pelo ponto de vista de estrangeiros de várias nacionalidades e diferentes classes sociais.
Autor deste livro.
Obra de leitura interessante e agradável, de fundamental importância àqueles que se interessam pelo Brasil imperial, retrata Princesa Isabel, de uma forma acurada e leve - uma das nove mulheres que, durante o século XIX estiveram no comando político de nações. O historiador inglês Roderick J. Barman reúne documentação inédita e farto material iconográfico, obtido por meio da própria família imperial, e retrata a vida privada e a trajetória pública de D. Isabel, a princesa imperial e legítima herdeira do trono de D. Pedro II. Uma reconstituição histórica sólida que apresenta o cenário sociopolítico do Segundo Reinado de maneira direta e cativante e aborda o universo de vida feminino e as relações entre gênero e poder no século XIX.
Este livro trata de uma das mais importantes publicações brasileiras do início do século, de sua origem em 1916 até o fim de sua fase principal em 1925. Constituindo-se um dos poucos trabalhos historiográficos existentes sobre o tema, a autora analisa A Revista do Brasil não apenas como fato editorial, mas como veículo de divulgação das propostas da intelectualidade no período, cuja influência foi decisiva na determinação dos rumos da construção nacional.
Em sua análise da mão-de-obra e do mercado interno no Oeste Paulista, especificamente nas regiões de Araraquara e São Carlos, entre 1830 e 1888, a autora aponta uma diversidade da transição, da organização e da disciplina do mercado de trabalho livre, com predominância da convivência de trabalhadores nacionais, forros ou libertos, e estrangeiros recrutados na Hospedaria de Imigrantes, em São Paulo. As condições de vida, porém, eram similares. Escravos libertos pediam adiantamento para a compra de sapatos, enquanto os trabalhadores nacionais pobres, desnutridos e maltrapilhos, habitavam casas de pau-a-pique semelhantes a senzalas e também iam descalços para a lavoura. Os imigrantes, por sua vez, viviam igualmente uma realidade precária. Predominava o sentimento de futuro incerto, com muito trabalho, pouco usufruto e reduzidas perspectivas de melhoria.
Este livro busca compreender alguns aspectos da sociedade brasileira do século XIX. Para isso, a partir da investigação do imaginário dos viajantes, reconstitui o cotidiano e as lutas sociais das classes subalternas do período. Este livro parte do registro das impressões de viajantes estrangeiros e das classes subalternas para traçar um panorama das práticas e dos mecanismos de luta social no Brasil do século XIX. Nesse período, segundo o autor, essas classes não haviam ainda incorporado a noção de propriedade e a ética do trabalho capitalista e expressavam, em suas manifestações culturais, geralmente críticas e bem-humoradas, os primeiros sinais populares de busca de cidadania no país.
Considerando-se a relevância do estudo das histórias regionais no Brasil, os três volumes da série têm por objetivo central tomar a região correspondente ao estado de São Paulo como objeto de análise e reflexão, com a finalidade de esclarecer as suas características próprias, que o distinguem ou o aproximam das demais unidades brasileiras, bem como o papel singular que tem desempenhado no conjunto da evolução nacional. Este segundo volume engloba a República, sendo os textos distribuídos de acordo com os temas abordados, de modo que os capítulos foram organizados segundo a sua maior vinculação com os campos econômico, social, político ou cultural ao longo dos períodos.