A AUTOBIOGRAFIA DE NIKOLA TESLA
Um dos inventores mais geniais de todos os tempos, Nikola Tesla (1856-1943), conta aqui a própria história. Engenheiro elétrico e mecânico, além de físico, ele pouco se detém, no entanto, nesta obra autobiográfica, nos detalhes técnicos e conceituais de suas criações. Ao longo destas páginas emerge um ser humano peculiar, dono de um cérebro altamente imaginativo, e seu surpreendente processo de criação. Tesla concebeu o sistema de corrente alternada, que possibilitou a transmissão de energia elétrica, e lançou as bases do desenvolvimento da tecnologia moderna - as comunicações sem fio, a robótica, o controle remoto, o radar, a ciência computacional, a balística.
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A partir da revolução na psicanálise proporcionada pelas ideias de Freud acerca do inconsciente humano, a autora Araguaia Solange de Souza Roque faz uma análise dos romances de dois autores italianos. Ela mostra como a subjetividade na formação do sujeito, pensada pelo psicanalista alemão, iria influenciar a produção literária daquele período do século XX.
Poucos são os estudos mais aprofundados sobre a produção de Lima Barreto, um dos expoentes da literatura brasileira do início do século XX e autor de obras clássicas como Triste fim de Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos. Mas esta pesquisa do inglês Robert John Oakley, que é professor de português e espanhol da Universidade de Birmingham, se diferencia ainda mais por ir além da análise das muitas obras do autor, entre narrativas longas, contos, sátiras e crônicas. R. J. Oakley, ao destrinchar a trajetória literária de Lima Barreto, baseia-se nos resultados da pesquisa sobre as pouco investigadas leituras do autor, e revela que textos como O que é a arte?, de Tolstoi, Os heróis, de Thomas Carlyle, e autores como Herbert Spencer e Henry Maudsley, serviram muito para desenvolver sua concepção da prática da escrita e do papel da literatura. Neste livro, o leitor poderá ter acesso a uma visão mais ampla do pensamento barretiano, partindo justamente das obras que serviram de referência na formação do seu caráter crítico. Assim, em um trabalho meticuloso, R. J. Oakley mostra como a influência de textos variados é capaz de moldar um escritor.
O jovem professor de teologia Albert Schweitzer interrompeu sua carreira acadêmica no ano de 1905, aos 30 anos, estudou medicina e embarcou em 1913 para a África com o intuito de construir um posto médico a serviço da Sociedade da Missão francesa na selva equatorial. Em 1920 publicou seu famoso relato, Entre a Água e a Selva. Albert Schweitzer descreve suas experiências fascinantes na África aparentemente intocada, a construção de um hospital às margens do rio Ogouué e seu crescente respeito pelos povos aborígenes. A ajuda médica foi para ele uma forma de expiação - entre outros pelas muitas dores que os europeus impingiram aos africanos. Entre a Água e a Selva, um best-seller em sua época, ainda hoje é um dos livros mais vendidos de Albert Schweitzer.
Ao apresentar o Machado de Assis crítico literário, este livro também revolve os primórdios dessa atividade no país, que floresceu juntamente com a própria literatura brasileira, num momento – meados do século 18 – em que esta despontava, no meio intelectual, como um dos elementos com força para ajudar a legitimar a nação recém emancipada. Além de um conjunto significativo de textos do escritor veiculados em periódicos da época, parte jamais publicada em livro, a obra traça toda sua trajetória como crítico, retratando seu amadurecimento como um dos precursores dessa função no país.
Considerado o melhor escritor realista português do século XIX, José Maria de Eça de Queiroz (Póvoa de Varzim, 1845 - Paris, 1900), é autor de obras clássicas como Os Maias e O crime do Padre Amaro. Esta biografia utiliza vasta correspondência do artista, parte dela incorporada à Biblioteca Nacional de Lisboa. É possível assim conhecer o homem de humor irreverente e estilo simples e fluente. Eça de Queiroz é apresentado como um idealista sinceramente envolvido com a inserção de Portugal no mundo moderno. Nesse sentido, sua obra jornalística e novelesca pode ser lida como uma crítica ao atraso cultural e uma tentativa de colocar a alma lusa em sintonia com um novo mundo científico do qual Portugal não podia ficar distante.