Marilyn Strathern aborda nesta obra uma questão central dos estudos sociais – as discussões dos antropólogos acerca dos relacionamentos como base para a descoberta das relações. Seu objetivo é apontar a importância do papel que os apelos à relacionalidade ocupam nos estudos antropológicos e demonstrar que tais apelos são feitos a um fenômeno tanto dependente de certos modos de conhecimento, quanto onipresente (na sociedade humana).
A autora examina as relações de parentesco nos países euroamericanos e na Melanésia, Amazônia e Austrália aborígene, buscando fornecer uma visão que equilibra o peso de cada um dos pólos de uma das questões metodológicas mais antigas da antropologia – as construções regulares sobre a existência social e as construções que se amparam em aspectos culturais e históricos das sociedades humanas.
Autor deste livro.
Esta antologia foi organizada com o objetivo de fornecer subsídios para pesquisadores interessados em utilizar abordagens antropológicas em suas investigações sobre problemas pertinentes às sociedades contemporâneas. Embora seja dirigida a estudiosos e estudantes de diversas disciplinas, a sua publicação visa também contribuir para reflexões metodológicas no âmbito da antropologia brasileira. Os textos são de autoria de etnógrafos que realizaram pesquisas de campo na África, na Europa ou na Ásia em um período que marca uma transição na Antropologia: do estudo de sociedades e culturas particulares para o estudo de sociedades contemporâneas.
Neste ensaio, que integra a Coleção Todorov, o filósofo búlgaro percorre um único domínio do vasto campo da Antropologia para estudar o ser humano a partir de um ângulo incomum. Ele busca compreender não o lugar que o homem ocupa na sociedade, mas, ao contrário, o lugar que a sociedade ocupa no homem: “Em que consiste, para o indivíduo, a exigência de conhecer apenas uma vida em comum?”.
As cartas deste livro cobrem o período que vai de 1822, quando Darwin era aluno da Universidade de Shrewsbury, até o fim de 1859, quando foi publicada A origem das espécies. As primeiras cartas retratam Darwin como um animado estudante de medicina de 16 anos.
Este é o primeiro de três volumes da obra de Koch-Grunberg, a serem publicados pela Editora UNESP. Trata-se dos relatos da viagem empreendida por Theodor Koch-Grunberg pela região Norte do Brasil e Venezuela, no período de 1911 a 1913. O autor faz, sobretudo, um levantamento etnográfico e lingüístico dos povos indígenas da região; transcreve também suas lendas e mitos de origem, que mais tarde inspiraram Mário de Andrade na redação de Macunaíma. O volume traz reproduções de fotografias originais do autor, reveladas e ampliadas em plena viagem. Os volumes seguintes contarão, também, com desenhos originais, que reproduzem em detalhes objetos e a arte dos povos encontrados pelo pesquisador.
Esta obra nasce como referência que condensa clara e precisamente o estado atual do conhecimento de pintura e gravura sobre rocha, formas de expressão de alguns povos pré-históricos. Trata-se de um inventário do conjunto de sítios com arte rupestre na Amazônia - Pará, que também alerta para o risco da destruição causada pelo vandalismo e pelo turismo predatório.