Novos ensaios sobre Machado de Assis pretende, no centenário de morte do escritor, em 2008, oferecer uma visão plural, variada e representativa das abordagens mediante as quais o problema crítico "Machado de Assis" vem sendo pensado por estudiosos contemporâneos, de diversas linhas de pesquisa, permitindo um novo e bom debate de idéias, olhares e descobertas sobre a vida e a obra do escritor, além de servir como referência para estudiosos de sua produção e para um público geral de pesquisadores preocupados em compreender, à luz do século XXI, um artista que acompanhou de perto cinqüenta anos da vida social, cultural e política no Brasil. Esta coletânea reúne ensaios de Alcides Vilaça, Antônio Carlos Secchin, Abel Barros Baptista, Francine Fernandes Weiss Ricieri, Gilberto Pinheiro Passos, Hélio de Seixas Guimarães, Ivan Teixeira, João Adolfo Hansen, John Gledson, José Luís Jobim, Juracy Assmann Saraiva, Lúcia Granja, Márcia Lígia Guidin, Marta de Senna, Paulo Franchetti, Sílvia Maria Azevedo e Ubiratan Machado.
Autor deste livro.
O arco de tempo durante o qual um dos maiores escritores brasileiros do século XIX, e talvez de todos os tempos, realizou a sua obra, foi rico de acontencimentos de capital importância. Machado de Assis assistiu a evoluções e câmbios tão marcantes no tecido político, social e cultural da nação que, pode-se dizer, constituíram etapas no tempo irrepetíveis, como a conquista da Independência colonial, o fim da escravidão, a proclamação da República, para não deixar de citar tão-somente os processos mais significativos.
Machado de Assis, como revelam suas correspondências, era personalidade presente e ativa no cenário do Rio de Janeiro. O fundador da Academia Brasileira de Letras frequentava cafés, restaurantes e confeitarias em reuniões e tertúlias acaloradas. Esse era um pano de fundo obrigatório de sua vida social e certamente foi um dos elementos que emolduraram sua trajetória pessoal e literária. Neste livro, Rosa Belluzzo procura redesenhar o Rio de Janeiro gastronõmico da época machadiana. Um olhar mais rigoroso sobre o que então estava disponível ao paladar de Machado não apenas auxilia um passo rumo ao maior conhecimento da história cultural de sua época, mas nos aproxima do escritor, humaniza-o e permite, de forma original, que se vislumbre no gigante o ser humano que partilhou dores e prazeres (inclusive culinários).
O livro mostra que a literatura não deve ser avaliada por uma pseudocapacidade de revelar verdades sobre a vida ou como auxiliar da cultura; a recepção da obra deve ter um fim em si mesma. Para Lewis, quanto mais especificamente literárias forem as observações, menos contaminadas estariam por uma teoria de valor.
Nesta longa e minuciosa pesquisa, realizada quase totalmente na Itália entre 2001 e 2009, Maria Betânia Amoroso recupera e analisa as impressões deixadas por Murilo Mendes entre os italianos durante o período em que ele viveu naquele país (1957 a 1975). Seu maior objetivo é contribuir para a releitura do percurso do poeta e de sua abrangente obra, ao iluminar aspectos ainda poucos estudados de sua trajetória. Conhecido principalmente por sua poesia, Murilo Mendes, católico atuante nos anos 1930 e 1940, foi na verdade um intelectual completo: poeta, ensaísta, crítico de arte, jornalista.
A autora analisa a obra do Visconde de Taunay, marcada pela experiência da Guerra do Paraguai, entre outros acontecimentos históricos contemporâneos, na construção progressiva de um grande projeto nacional-monarquista, frustrado pela história, e de sua trama discursiva.