O arco de tempo durante o qual um dos maiores escritores brasileiros do século XIX, e talvez de todos os tempos, realizou a sua obra, foi rico de acontencimentos de capital importância. Machado de Assis assistiu a evoluções e câmbios tão marcantes no tecido político, social e cultural da nação que, pode-se dizer, constituíram etapas no tempo irrepetíveis, como a conquista da Independência colonial, o fim da escravidão, a proclamação da República, para não deixar de citar tão-somente os processos mais significativos.
Essa é uma das abordagens encontradas neste livro, que reúne alguns textos do Simpósio Caminhos Cruzados: Machado de Assis pela Crítica Mundial, realizado em 2008, no qual diversos estudiosos internacionais de Machado apresentaram suas críticas e olhares sobre o autor.
Autor de 3 livros disponíveis em nosso catálogo.
Um dos principais nomes da literatura satírica do início do século XX, Alexandre Marcondes Machado, o Juó Bananére, não tinha, até agora, uma edição de suas Cartas d'Abax'o Pigues. Espalhadas pelas páginas d'O Pirralho, essas cartas são um material cômico em que se mesclam o valor histórico e o literário, e as principais delas estão nesta edição revisada de Benedito Antunes.
Os ensaios que compõem esta obra resgatam a memória de um dos mais importantes encontros literários da história do Brasil – o 2º Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, realizado em 1961 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis – e propõem uma reflexão sobre a produção literária brasileira contemporânea e sobre a riqueza crítica e historiográfica que floresceu desde aquela época.
Machado de Assis, como revelam suas correspondências, era personalidade presente e ativa no cenário do Rio de Janeiro. O fundador da Academia Brasileira de Letras frequentava cafés, restaurantes e confeitarias em reuniões e tertúlias acaloradas. Esse era um pano de fundo obrigatório de sua vida social e certamente foi um dos elementos que emolduraram sua trajetória pessoal e literária. Neste livro, Rosa Belluzzo procura redesenhar o Rio de Janeiro gastronõmico da época machadiana. Um olhar mais rigoroso sobre o que então estava disponível ao paladar de Machado não apenas auxilia um passo rumo ao maior conhecimento da história cultural de sua época, mas nos aproxima do escritor, humaniza-o e permite, de forma original, que se vislumbre no gigante o ser humano que partilhou dores e prazeres (inclusive culinários).
Novos ensaios sobre Machado de Assis pretende, no centenário de morte do escritor, em 2008, oferecer uma visão plural, variada e representativa das abordagens mediante as quais o problema crítico "Machado de Assis" vem sendo pensado por estudiosos contemporâneos, de diversas linhas de pesquisa, permitindo um novo e bom debate de idéias, olhares e descobertas sobre a vida e a obra do escritor, além de servir como referência para estudiosos de sua produção e para um público geral de pesquisadores preocupados em compreender, à luz do século XXI, um artista que acompanhou de perto cinqüenta anos da vida social, cultural e política no Brasil. Esta coletânea reúne ensaios de Alcides Vilaça, Antônio Carlos Secchin, Abel Barros Baptista, Francine Fernandes Weiss Ricieri, Gilberto Pinheiro Passos, Hélio de Seixas Guimarães, Ivan Teixeira, João Adolfo Hansen, John Gledson, José Luís Jobim, Juracy Assmann Saraiva, Lúcia Granja, Márcia Lígia Guidin, Marta de Senna, Paulo Franchetti, Sílvia Maria Azevedo e Ubiratan Machado.
O livro mostra que a literatura não deve ser avaliada por uma pseudocapacidade de revelar verdades sobre a vida ou como auxiliar da cultura; a recepção da obra deve ter um fim em si mesma. Para Lewis, quanto mais especificamente literárias forem as observações, menos contaminadas estariam por uma teoria de valor.