O principal objetivo desta obra é reforçar as pesquisas científicas entre os pesquisadores franceses e brasileiros no domínio das relações entre o cinema e as sociedades que denominamos, a partir de Marc Ferro, de cinema-história. O livro reúne contribuições de pesquisadores reconhecidos em três áreas principais: os fundamentos teóricos da história e das ciências sociais e da representação dos processos históricos, a construção e a reconstrução do passado no cinema e os filmes como lugar de memória e de identidade que se cruzam no discurso fílmico. Os fenômenos são assim circunscritos a partir de um conjunto de suportes audiovisuais pouco abordados no Brasil, sob o ângulo da teoria cinema-história.
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Este livro tem por objetivo mostrar a atualidade do pensamento de Marx através de pensadores que se assumem como marxistas ou marxianos, num momento em que vozes diversas, na academia, na imprensa, na política, persistem em proclamar sua superação como ferramenta útil para a análise da realidade circundante. Os ensaios apresentados neste livro compõem uma verdadeira mini-enciclopédia marxista; são reflexões sobre sindicalismo, partido político, socialismo, terrorismo, nacionalismo, imperialismo, ecologia, ou seja, nenhuma das questões que preocupam a humanidade neste início de século deixou de ser incluída.
Jacques Le Goff significa, para os historiadores em geral, um dos ícones que promoveram uma profunda revolução no modo de conceber a profissão. Neste livro, ele conversa com Marc Heurgon sobre sua vida e estabelece as conexões entre a história e a memória que teorizou na Enciclopédia Einaudi. Neste volume, descortina-se um homem que, preocupado com os problemas contemporâneos, se debruça sobre o passado, marcado pela guerra e pelas novas dimensões de um mundo que teve como marco a Bomba Atômica.
Resultado de pesquisa realizada pela autora, tendo em vista suas dúvidas e inquietudes como professora da rede oficial do ensino e estudiosa da História, esta obra aborda diferenças entre o ensino na década de 1960 e o contemporâneo, discorrendo a respeito de aproximações e distanciamentos entre o professor do passado e o do presente. Discute a idéia de que a escola antiga não é nem melhor, nem pior do que a atual, mas diferente, por trabalhar com outra clientela, outra cultura histórica e docente e outros referenciais teóricos. Para os defensores da escola moderna, a "fase de ouro da escola pública" oferecia um ensino elitista e trabalhava conteúdos prontos de forma expositiva, sendo que o ensino atual não atinge a qualidade desejada porque os docentes são mal-remunerados, despreparados e resistem ao novo. Os professores mais antigos, considerados tradicionais, duvidam das novas propostas pedagógicas, afirmam que a escola está em decadência, por aprovar alunos sem conhecimento, e vêem com desconfiança teorias que postulam não haver verdades acabadas a transmitir e que consideram a pesquisa como princípio pedagógico.
Em um dos mais completos trabalhos sobre a obra máxima de Gilberto Freyre, Casa-grande & senzala, o autor Fernando Nicolazzi nos leva a entender mais precisamente a produção deste marco da historiografia nacional. Um estilo de História, que é originado da tese vencedora do Prêmio Manoel Luiz Salgado Guimarães de Teses de Doutorado na área de História/Anpuh, 2010, é uma análise da forma com que Freyre se valeu da viagem, do ato de se colocar no lugar daqueles que presenciaram a construção da História, para desenhar um panorama da família, da cultura e da sociedade brasileira.