Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
Coletânea de ensaios que procuram abordar os múltiplos aspectos do processo de formação da identidade paulista. Dividida em duas partes, a primeira visa dar conta das representações e dos processos que produziram as bases para a consolidação de tal especificidade paulista. Já na segunda, encontramos a análise das características da vida cultural de São Paulo a partir da década de 1920: marco na redefinição da dinâmica cultural do Estado. O Teatro de Arena, o cinema da Boca do Lixo, o modernismo nas artes plásticas, a idéia de São Paulo como locomotiva do Brasil, o espírito bandeirante: esses são apenas alguns dos temas presentes na coletânea.
Onze anos depois da Semana de Arte Moderna de 22, Oswald começa a pôr em prática o projeto de uma série de romances intitulada Marco zero, no qual procuraria retratar o Brasil que estava surgindo a partir de 1930. Nem todos os volumes programados foram escritos e a crítica sempre considerou o resultado como de valor menor por seu excesso de engajamento político. Antonio Celso Ferreira procura desfazer essa interpretação pela leitura atenta de historiador sintonizado com a evolução da literatura brasileira.
A relação entre o historiador e seu tempo é uma das questões cruciais do debate historiográfico, metodológico e teórico, problemática densa e propícia à reflexão crítica acadêmica, eleita como tema do XVIII Encontro Regional de História da ANPUH-SP, realizado em 2006 na UNESP-Assis. Antonio C. Ferreira rastreia a transformação da fábrica da história em indústria cultural e seus desdobramentos em termos de modos de produção, sujeitos, práticas, mercados, produtos e seus valores. Maria Stella M. Bresciani coloca Oliveira Vianna, Gilberto Freyre e Sérgio B. de Holanda em interação nas lutas e projetos políticos de sua época. Em homenagem aos 40 anos de edição do livro Da senzala à colônia, de Emília V. da Costa, a autora o situa em sua época de produção. A contribuição de Viotti à historiografia é analisada por Rafael Marquese e por Cristina Wissembach. Os artigos sobre Relações de poder, imprensa e historiografia assinala preocupações metodológicas indispensáveis no trabalho do historiador. Sobre Gênero e cultura são reproduzidas apresentações qeu visam localizar a emergência das temáticas femininas nas lutas afirmativas e no contexto sociocultural contemporâneo. Os saberes escolares trata de memórias e práticas dos professores de História da rede municpal de rede municipal de São Paulo, e da memória escolar à luz de vários pressupostos teóricos.
O principal objetivo desta obra é reforçar as pesquisas científicas entre os pesquisadores franceses e brasileiros no domínio das relações entre o cinema e as sociedades que denominamos, a partir de Marc Ferro, de cinema-história. O livro reúne contribuições de pesquisadores reconhecidos em três áreas principais: os fundamentos teóricos da história e das ciências sociais e da representação dos processos históricos, a construção e a reconstrução do passado no cinema e os filmes como lugar de memória e de identidade que se cruzam no discurso fílmico. Os fenômenos são assim circunscritos a partir de um conjunto de suportes audiovisuais pouco abordados no Brasil, sob o ângulo da teoria cinema-história.
Resultado de pesquisa realizada pela autora, tendo em vista suas dúvidas e inquietudes como professora da rede oficial do ensino e estudiosa da História, esta obra aborda diferenças entre o ensino na década de 1960 e o contemporâneo, discorrendo a respeito de aproximações e distanciamentos entre o professor do passado e o do presente. Discute a idéia de que a escola antiga não é nem melhor, nem pior do que a atual, mas diferente, por trabalhar com outra clientela, outra cultura histórica e docente e outros referenciais teóricos. Para os defensores da escola moderna, a "fase de ouro da escola pública" oferecia um ensino elitista e trabalhava conteúdos prontos de forma expositiva, sendo que o ensino atual não atinge a qualidade desejada porque os docentes são mal-remunerados, despreparados e resistem ao novo. Os professores mais antigos, considerados tradicionais, duvidam das novas propostas pedagógicas, afirmam que a escola está em decadência, por aprovar alunos sem conhecimento, e vêem com desconfiança teorias que postulam não haver verdades acabadas a transmitir e que consideram a pesquisa como princípio pedagógico.