O propósito principal deste ensaio é contrastar duas teorias rivais sobre a natureza da liberdade humana. A primeira, que tem sua origem na antiguidade clássica, está no centro da tradição republicana romana da vida pública. A segunda é que a maior parte da literatura existente corporifica uma pretensão aparentemente insustentável. O autor aborda a teoria política de Hobbes não simplesmente como um sistema geral de ideias, mas também como uma intervenção polêmica nos conflitos ideológicos de seu tempo. Para entender e interpretar seus textos, é necessário reconhecer a força da máxima segundo a qual as palavras também são atos. Ou seja, é importante se colocar em uma posição que permita captar que tipo de intervenção os textos de Hobbes podem ter constituído.
Autor de 3 livros disponíveis em nosso catálogo.
Este ensaio de um dos mais destacados historiadores do mundo inicia-se procurando recuperar e justificar a teoria neo-romana dos cidadãos livres e dos Estados livres como ela se desenvolveu no início da Inglaterra moderna, e termina com uma poderosa defesa da natureza, propósitos e metas da história intelectual e da história das idéias.
Este notável trabalho de Quentin Skinner desenvolve uma reavaliação radical da teoria política hobbesiana. Fazendo uso de um número impressionante de fontes manuscritas e impressas, Skinner alicerça uma leitura inteiramente nova do desenvolvimento intelectual de Hobbes e reexamina a passagem da cultura humanista para a científica no pensamento político e moral europeu. Ergue-se, assim, uma peça essencial para a intelecção da obra de um dos mais difíceis, influentes e desafiadores filósofos políticos.
Lukács, jovem filósofo húngaro, é o objeto desta obra, interessante para a compreensão das etapas de sua evolução intelectual e política, que demonstra a significação do conceito de forma na concepção ética do filósofo, o qual pretendeu formular, por meio desse conceito, uma ética além dos deveres. Conforme nota do autor, os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, que deram novas qualidades à questão do terrorismo, só contribuíram para dar um sentido atual ao problema discutido por Lukács e analisado criticamente pelo autor. Este, impressiona pela erudição, originalidade e capacidade de evidenciar as múltiplas e inseparáveis dimensões éticas, estéticas, místicas e políticas do filósofo, e mostra os limites da tentativa do filósofo para formular uma "metafísica do socialismo" e uma "segunda ética", em ruptura com o kantismo.
Este livro traz alterações que atingem proporções relevantes para a compreensão da filosofia de Hume. O autor elimina todas as referências ao raciocínio indutivo, às referências indutivas ou simplesmente à indução, referindo-se a ela somente ao tratar de filósofos que explicitamente tratam o tema, desde Bacon até Quine.
Os textos aqui apresentados propõem uma reflexão sobre o tema específico da mulher nas forças militares. Trata-se de uma abordagem inédita nas pesquisas de ciências sociais sobre gênero, pois abrange também análises a respeito da questão da mulher nas relações internacionais. Esse livro representa, portanto, uma contribuição importante para o avanço das pesquisas sobre gênero, diplomacia e forças armadas.