AS RELAÇÕES DA ALEMANHA COM O BRASIL E A AMÉRICA LATINA (1949-1994)
A presente versão revista e ampliada do livro de Luiz Alberto Moniz Bandeira é, de um modo geral, uma análise das transformações das relações entre países dos hemisférios norte e sul. Através da ótica de um dos grandes estudiosos das relações internacionais do Brasil, a obra parte, mais especificamente, do envolvimento nacional com a Alemanha. O autor mostra como os alemães foram uma excelente opção de comércio e fonte de investimento interno, sobretudo no período pós-Segunda Guerra, se tornando um aliado importante para o Brasil.
Autor de 3 livros disponíveis em nosso catálogo.
Esta obra reflete o espírito de uma época muito conturbada e difícil, em que ainda se lutava pela restauração das liberdades democráticas contra o regime discricionário vigente no Brasil. Escrita entre fins de 1976 e primeiro semestre de 1977, ela constituiu a primeira tentativa de desmistificar, em termos acadêmicos, o golpe de Estado que o implantara em 1964. O autor valeu-se não apenas de pesquisa em fontes primárias, ou impressas, como de depoimentos dos mais diversos personagens que participaram da ascensão e queda do governo João Goulart.
A obra do cientista político e historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira apresenta vários aspectos realmente inéditos do processo que culminou com a queda dos regimes comunistas no Leste Europeu, a derrubada do Muro de Berlim e a desintegração do chamado Bloco Socialista. Um desses aspectos é a participação do KGB, o serviço secreto soviético, com a colaboração dirigentes do Stasi, o serviço de inteligência da RDA, na derrubada de Erich Honecker. Essa e outras informações sobre as lutas internas entre os dirigentes da extinta República Democrática Alemã, antes e depois da demolição do Muro de Berlim, foram obtidas em entrevistas feitas diretamente com Egon Krenz, o sucessor de Honecker, Hans Modrow e Lothar de Maizière que foram primeiros-ministros entre a demolição do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, e com Günter Schabowski, membro do Politburo do SED. Também Vernon Walter, embaixador dos EUA em Bonn, deu o seu depoimento. Todos esses homens desempenharam o mais relevante papel nos acontecimentos, e suas entrevistas, concedidas em janeiro/fevereiro de 1991, permitiram que o autor reconstruísse a história e desvelasse a trama que ocorreu nos bastidores da RDA, antes e depois da abertura do Muro.
Febvre e Martin levantam os seguintes problemas: A que necessidades o livro veio satisfazer? Que tarefas cumpriu? A que causas serviu ou prejudicou? As respostas são cuidadosamente inseridas nos seus contextos sociais e culturais. Mostram como o livro desempenhou papel fundamental na veiculação das idéias durante o Renascimento, a Revolução Cientítica, a Reforma e a Revolução Francesa, e como esse avanço se refletiu em suas próprias condições de produção, saindo dos pequenos ateliês e se transformando em uma grande indústria.
Historiografia, crítica textual e estudos bibliográficos articulam-se nos 12 ensaios que compõem esta obra para produzir uma arqueologia do processo editorial e mostrar que“a mão do autor” e “a mente do editor” sempre estiveram unidas. Roger Chartier analisa o processo de continuidade e descontinuidade da palavra escrita, de Gutenberg à invenção do conceito moderno de literatura, oferecendo significativa contribuição para a atual reflexão sobre a história do livro. O autor vem ao Brasil para o lançamento da obra, que acontecena próxima terça, dia 28 de outubro, com debate e sessão de autógrafos (confira dados abaixo).
O autor deste livro foi um dos primeiros estudiosos a se ocupar, há mais de 30 anos, do tema das artes da memória na cultura europeia. Imagens construídas para lembrar ressurgem, entre o Quinhentos e o Seiscentos, nos escritos dos jesuítas, nos manuais para confessores, nos catecismos para os iletrados; voltam a se apresentar hoje na literatura psiquiátrica, nas escolas para os agentes de publicidade. Memória e imaginação são faculdades gêmeas, como queriam Hobbes e Vico, ou contrapostas, como pensa hoje uma difusa (e deletéria) pedagogia antinocionista? Porém, o tema da memória é muito mais amplo que o da arte da memória. Tem a ver com a ideia - ativa na biologia, na filosofia, na literatura, na psiquiatria - que pedaços do passado se reconstituem ou tornam a emergir no presente. Quem assim pensa, também pensa numa não unicidade dos eventos, numa repetição. Como coexistem na cultura europeia a imagem do tempo como "flecha" e do tempo como "ciclo"?